Segundo a PF, Batista Junior e Freire Gomes resistiram à tentativa de golpe contra o governo Bolsonaro.
Na investigação que fundamentou a Operação Chronos Veritatis, a Polícia Federal (PF) destaca a necessidade de averiguar se as altas autoridades militares foram omissas em relação à tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Conforme o depoimento prestado pelo ex-secretário de Bolsonaro, Leandro Miranda, o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria manifestado apoio a um possível golpe de Estado. Ele é o único dos três comandantes citados na operação.
Investigação da PF sobre conduta de militares aponta necessidade de apurar omissão
Contudo, a Polícia Federal revela que a postura de Batista Junior e de Freire Gomes poderia indicar omissão diante dos atos praticados para subverter o regime democrático.
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‘Conforme o exposto, os fatos apresentados revelaram a adesão e participação de vários militares aos atos que estavam sendo desenvolvidos pelo grupo investigado na tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito’, diz o relatório obtido pelo blog.
‘Em relação ao general Freire Gomes e ao brigadeiro Baptista Junior, os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na averiguação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes’.
Operação Tempus Veritatis: desdobramentos da investigação
A Operação Tempus Veritatis foi deflagrada em 8 de fevereiro para apurar uma tentativa de golpe articulada dentro do governo Bolsonaro. Ao todo, 16 militares foram alvos. Necessidade de investigar mais a fundo a possível omissão dos comandantes, em meio aos desdobramentos da operação.
Fonte: G1 – Política
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