Abin questionou PF sobre extensão de mandados e criou dificuldades para acesso a documentos. Objetivo era acessar informações produzidas pela Abin paralela.
A ação da Polícia Federal apontou uma tentativa de obstrução de justiça da Abin durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da agência. Segundo os agentes, houve questionamentos sobre a extensão dos mandados, além de dificuldades para acessar todos os documentos, precisando assim acionar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para um novo despacho. O blog entrou em contato com a Abin e aguarda retorno para mais informações.
O objetivo da medida judicial era acessar documentos supostamente produzidos pela chamada ‘Abin paralela’, que fazia espionagem ilegal. Entretanto, os agentes enfrentaram questionamentos sobre a extensão da determinação judicial, encontrando resistência por parte da atual direção da Agência Brasileira de Inteligência.
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Diante do impasse e para evitar o uso da força, a Polícia Federal entrou em contato com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, relator do caso, para obter um novo despacho. Somente dessa forma, de acordo com os investigadores ouvidos pelo blog, a PF conseguiu obter acesso aos dados e informações cruciais para a investigação.
Cumprimento de mandados
A PF está colaborando com a Controladoria-Geral da União, liderada pelo ministro Vinicius Carvalho.
O STF autorizou a CGU a ter acesso ao material da investigação e, com base no trabalho realizado pelo órgão, a PF também tem conseguido aprofundar as apurações sobre a chamada Abin paralela.
Busca e apreensão
Conforme revelado pelo blog ontem, o governo Lula está considerando a demissão da cúpula da Abin. O segundo no comando do órgão, Alessandro Moretti, é visto como um nome descartado, mas uma ala do governo – liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa – ainda está tentando manter Luiz Fernando Correa, líder da Abin, em seu cargo. Ministros do STF fizeram chegar ao governo que também consideram a situação de Correa insustentável – assim como os investigadores da PF – mas Lula ainda não tomou uma decisão final sobre a posição do principal membro do órgão, de acordo com assessores próximos.
Extensão dos mandados
Para contornar a oposição e evitar possíveis confrontos, a PF acionou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso, para que emitisse um novo despacho. Foi somente por meio desse expediente que os investigadores ouvidos pelo blog afirmam que a PF conseguiu ter acesso aos dados e informações relevantes para a apuração.
Documentos supostamente produzidos
Trabalhando em conjunto com a Controladoria-Geral da União, sob o comando do ministro Vinicius Carvalho, a PF tem avançado na ampliação das investigações relacionadas à suposta Abin paralela, com base no trabalho desempenhado pelo órgão.
Investigadores ouvidos
Conforme revelado pelo blog, o governo Lula está avaliando a possibilidade de demitir a cúpula da Abin. O segundo em comando, Alessandro Moretti, estaria fora de cogitação, porém uma ala do governo – liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa – ainda insiste em manter Luiz Fernando Correa, chefe da Abin, em seu cargo. Ministros do STF fizeram chegar ao governo que também consideram a situação de Correa insustentável – assim como os investigadores da PF – no entanto, Lula ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a situação do principal membro do órgão, de acordo com assessores próximos.
Fonte: G1 – Política
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