Henrique Jäger, presidente da Petros, fala sobre equacionamento de planos deficitários, taxação de fundos de pensão e gestão, riscos, governança corporativa e planejamento estratégico.
A Petros, uma das principais instituições financeiras do País, enfrenta um desafio significativo há mais de uma década. Com cerca de R$ 134 bilhões sob gestão, o déficit bilionário é uma realidade que afeta diretamente os 132 mil participantes, entre ativos e assistidos. A Petros, como segunda maior fundação de pensão do Brasil, busca soluções para superar essa situação.
Desde julho do ano passado, o economista Henrique Jäger está à frente da presidência da Petros, trabalhando para reverter o cenário atual. A gestão eficaz dos recursos é fundamental para garantir a estabilidade financeira da instituição e, consequentemente, a tranquilidade dos participantes. A Petros, como uma instituição financeira responsável, busca encontrar soluções inovadoras para superar o déficit e garantir um futuro mais seguro para seus participantes. A transparência e a comunicação são fundamentais nesse processo, permitindo que os participantes estejam informados sobre as ações em curso.
A Nova Gestão da Petros
A Petros, fundação que cuida de 26 planos patrocinados e tem a Petrobras como principal patrocinadora, está sob a liderança de Jäger pela segunda vez. Em sua primeira passagem, em 2015 e 2016, ele compareceu à CPI dos Fundos de Pensão para explicar o déficit da fundação, que começou no ano anterior à sua gestão, com um déficit de R$ 6,2 bilhões. Desde então, o ‘buraco’ acumulado é de R$ 30 bilhões.
Jäger afirma que consolidou o processo de imunização dos planos mais maduros, garantindo que o déficit se estabilize. ‘Cerca de 80% desses planos estão imunizados, com títulos públicos e CDI, acima da meta atuarial’, diz ele. É importante notar que esse déficit bilionário vem dos planos de Benefício Definido (BD), um modelo de reserva coletiva que está em vias de extinção no sistema para ser substituído por modelos de poupança individuais.
Desafios e Prioridades
Jäger tem como foco de sua gestão a melhoria de três frentes: governança corporativa e gestão de riscos; reaproximação com os participantes e patrocinadoras trazendo mais transparência; e a chamada imunização da carteira dos planos com déficit. ‘Uma coisa importante que já foi implementada é o planejamento estratégico da fundação com metas anuais. Não havia. Não se tinha o direcionamento de onde a Petros quer estar nos próximos anos’, diz ele.
Em paralelo à estratégia, Jäger precisa definir um novo CIO para a Petros, após a renúncia de Paulo Werneck em junho deste ano. Alexandre Dias Miguel está na posição interinamente desde então.
Transparência e Avanços
Jäger avalia os principais avanços na transparência e opina sobre as propostas de taxação dos fundos de pensão. Ele afirma que a desconfiança inicial sobre sua indicação política ficou no passado, e que o mercado financeiro o apoiou desde o início. ‘O que houve foi um pequeno grupo de participantes, cerca de 4 mil do universo de 132 mil, que se manifestou e fez muito barulho por estar apreensivo com a mudança’, diz ele.
A Petros é uma instituição financeira que precisa lidar com os desafios do mercado e garantir a segurança dos planos de pensão. Com a liderança de Jäger, a fundação está trabalhando para melhorar a governança corporativa, a gestão de riscos e a transparência, além de implementar um planejamento estratégico para o futuro.
Fonte: @ NEO FEED
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