O mercado espera que a Opep e seus aliados mantenham os cortes na produção de petróleo e aproveitem os sinais de crescimento, URGE ao aumento da produção, e fortalecimento do setor, para equilibrar a equação da demanda.
Com o mercado do petróleo voltando a crescer, após uma queda na semana passada, a BP revelou que pretende aumentar sua produção de gás de 2022 para 2023. O objetivo é atingir níveis ainda mais altos em 2024, enquanto a demanda pelo petróleo avança gradualmente.
Em seu relatório de gestão anual, a BP admitiu que enfrentou desafios significativos em sua produção de petróleo e gás em 2022, mas destacou que conseguiu atingir seus objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa. A empresa também anunciou uma distribuição de dividendos de US$ 0,10 por ação, equivalente a um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Agora, com a perspectiva de uma demanda mais forte por energia no futuro, a BP está otimista em relação ao potencial de crescimento de sua produção de petróleo e gás. A empresa está apostando em projetos de exploração e desenvolvimento de ativos, para garantir que sua produção continue a crescer em anos vindouros.
Mercado de petróleo se mantém volátil
Os contratos do West Texas Intermediate (WTI) para janeiro avançavam 1,06%, a US$ 68,72 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), um sinal de que o petróleo continua a ser um foco de atenção. Em paralelo, a China apresentou dados intrigantes sobre o seu setor industrial, com o PMI da manufatura subindo para 50,3, de 50,1, em um recorde de sete meses, enquanto o PMI não-manufatureiro recuou para 50 pontos, de 50,2 da leitura anterior. Este cenário contrasta com o que se espera da oferta, pois o mercado espera que a Opep e seus aliados mantenham os cortes na produção de petróleo por mais tempo, em meio a preocupações generalizadas com a demanda e os preços mais fracos.
Os dados chineses são particularmente importantes, pois o petróleo é um produto essencial para o país. Além disso, o fortalecimento do setor industrial na China pode ser um indicador de que a demanda por petróleo está começando a melhorar. No entanto, é importante notar que a Opep sozinha dificilmente reverterá as pressões de baixa de médio prazo se o lado da demanda da equação não melhorar, como destacou o ING. Isso significa que a Bacia do Golfo do México, que é um dos principais produtores de petróleo, pode continuar a ter problemas.
Além disso, os cortes na produção de petróleo podem ter um impacto significativo na economia, pois o petróleo é um dos principais combustíveis utilizados para o transporte. Em 2020, o petróleo foi responsável por cerca de 33% do consumo global de energia, e a demanda por petróleo é influenciada por vários fatores, incluindo a economia, a política e os preços. Portanto, é fundamental que as autoridades tomem medidas para equilibrar a demanda e a oferta de petróleo, para evitar problemas econômicos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo