Pesquisa mostra que a percepção sobre início da idade percebida e real da velhice mudou recentemente, impactando idosos e termos: idade, percepção, início, da idade, velhice, gerações, expectativa, de vida, condições, sanitárias. (137 caracteres)
‘Em qual idade você definiria alguém como sendo velho?’ Essa foi a pergunta que pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos usaram para explorar de que maneira indivíduos nascidos em épocas distintas percebiam a percepção de idade.
A pesquisa revelou que a percepção de idade varia conforme a geração, mostrando como as pessoas têm visões diferentes sobre o envelhecimento. Essa diferença na percepção de idade pode influenciar diversos aspectos da vida, desde relações sociais até política e saúde. O estudo ressalta a importância de compreender as nuances da percepção de idade para promover uma sociedade mais inclusiva e resiliente.
Estudo revela mudanças na percepção de idade ao longo das gerações
Um estudo recente, divulgado na semana passada, trouxe à tona uma interessante reflexão sobre a percepção de idade e o início da velhice. Segundo os pesquisadores, a idade percebida como o marco inicial da velhice tem se estendido ao longo das gerações, indicando uma nova dinâmica no modo como encaramos o envelhecimento.
A pesquisa, publicada na revista Psychology and Aging, da Associação Americana de Psicologia, analisou dados de 14 mil alemães nascidos entre 1911 e 1974, ao longo de um período de cerca de 25 anos, de 1996 a 2021. Durante esse tempo, os participantes foram questionados múltiplas vezes sobre quando acreditavam que a velhice começava.
Os resultados revelaram uma clara tendência de adiamento da percepção da idade em que a velhice se inicia. Por exemplo, os voluntários nascidos em décadas mais recentes, como os de 1956, apontaram uma idade mais avançada para o início da velhice em comparação com aqueles nascidos em 1911. Esse fenômeno pode ser atribuído ao aumento da expectativa de vida e às melhorias nas condições sanitárias e de saúde ao longo do tempo.
Para Markus Wettstein, pesquisador da Universidade Humboldt, esse fenômeno pode estar relacionado a avanços na medicina e no bem-estar geral das pessoas. Com o aumento da longevidade e melhores condições de vida, a percepção da idade avançada tem sido empurrada para mais tarde, refletindo também uma mudança na maneira como as pessoas encaram o envelhecimento.
Além disso, o estudo apontou que a percepção individual da idade também muda ao longo do tempo. À medida que as pessoas envelhecem, tendem a considerar uma idade mais avançada como o início da velhice. Essa mudança na percepção pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o gênero e as condições de saúde.
Mulheres, por exemplo, tendem a atrasar a idade do início da velhice em relação aos homens. Além disso, indivíduos com problemas de saúde ou que vivenciam solidão tendem a perceber o início da velhice de forma mais precoce do que aqueles com melhor saúde e mais relações sociais.
Em suma, a percepção da idade e do início da velhice está em constante evolução, moldada por diversos fatores individuais e sociais. Essa mudança na perspectiva pode impactar a maneira como as pessoas encaram o próprio envelhecimento, destacando a importância de uma visão mais positiva e inclusiva em relação às diferentes fases da vida.
Fonte: @ Estadão
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