Manifestação contra Javier Milei contou com apenas 1/5 do público previsto, devido a reclamações sobre o cancelamento de benefícios sociais e medidas de austeridade. Movimentos ligados ao kirchnerismo protestaram.
Patricia Bullrich, a ministra da Segurança da Argentina, comentou que as manifestações contrárias ao presidente Javier Milei ficaram aquém do esperado pela esquerda. Apenas 1/5 do total esperado saiu em protesto contra as medidas econômicas do novo governo liberal, conforme a ministra.
Segundo Patricia Bullrich, a Casa Rosada recebeu mais de dez mil queixas de tentativas de extorsão para persuadir as pessoas a participarem das manifestações. A maioria delas depende de programas assistenciais, mediados com o Estado por instituições ligadas ao peronismo. Patricia Bullrich afirmou que está tomando medidas para investigar e combater essa situação.
Patricia Bullrich enfrenta líderes kirchneristas em meio aos protestos contra o presidente
Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, observou que os líderes kirchneristas deixaram a militância ideológica ‘sozinha’ nos atos realizados no centro de Buenos Aires. Durante uma entrevista coletiva, a ministra destacou que o governo terá um canal de resposta forte para investigar as denúncias de tentativas de extorsão por parte dos organizadores das manifestações. Ela também ressaltou que o principal meio de pressão utilizado foi a ameaça de cancelamento de benefícios sociais, como anunciado pelo governo anteriormente.
A ministra assegurou que ‘quem ficou em casa poderá manter os benefícios que o Estado lhe dá por estar na pobreza’. Segundo informações do jornal Clarín, os protestos reuniram cerca de dez mil pessoas, apesar das projeções de até 50 mil participantes.
Patricia Bullrich enfatizou que os manifestantes presentes ‘não carregavam paus, pedras, nem estavam encapuzados’, destacando a postura pacífica dos participantes. Ela também afirmou que ‘milhares de argentinos deram hoje um basta à pressão e à extorsão daqueles que são gestores da pobreza’ e acredita que as pessoas estão prontas para iniciar uma mudança na Argentina.
Protestos contra as medidas econômicas e reivindicações de grupos kirchneristas
Os movimentos ligados ao kirchnerismo e sindicatos estiveram entre os principais organizadores dos protestos. Muitos desses grupos possuem grande poder de mobilização e são responsáveis por intermediar a distribuição de benefícios sociais do governo.
De acordo com a esquerda, o objetivo dos protestos era se manifestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo presidente, incluindo a diminuição dos subsídios para o consumo de energia e transporte público, bem como a suspensão de obras públicas. Além disso, a esquerda também protestava contra o decreto que promete cortar a ajuda que o Estado oferece a quem obstruir vias públicas.
Recentemente, o político Milei expressou seu interesse em realizar uma auditoria nesses grupos, visando reduzir sua influência sobre os segmentos mais pobres da sociedade.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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