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Germano, primeiro juiz cego do Brasil, perdeu totalmente a visão devido a erros médicos.
Márcio Aparecido da Cruz Germano da Silva fará história ao ingressar na sexta-feira (26) como magistrado de primeiro grau na Justiça do Trabalho de São Paulo. Aos 44 anos, o paranaense de Maringá (PR) será o pioneiro com deficiência visual a assumir o cargo de juiz de primeiro grau. ‘Estou extremamente contente por concretizar esse desejo. Uma realização muito significativa’, afirmou Márcio.
Na Justiça do Trabalho, a inclusão e diversidade são valores fundamentais. A nomeação de Márcio como juiz de primeiro grau demonstra o compromisso do tribunal com a igualdade de oportunidades. Sua posse representa um marco importante no cenário trabalhista, inspirando outros profissionais com deficiência visual a seguirem seus sonhos e alcançarem seus objetivos no campo jurídico.
Germano e a Justiça do Trabalho
Germano, o juiz cego que ocupa um cargo de magistrado com deficiência visual no tribunal trabalhista, compartilhou sua jornada inspiradora. Ele destacou a importância da Justiça do Trabalho em lidar com questões sensíveis relacionadas ao trabalho humano.
Ao falar sobre sua experiência, Germano enfatizou a importância do diálogo com o tribunal trabalhista, que o recebeu de forma muito bacana. Ele expressou sua confiança em trabalhar plenamente em conjunto com o tribunal para realizar seu trabalho com excelência.
A história de Germano é marcada por desafios, tendo perdido totalmente a visão ainda na infância devido a erros médicos que causaram cegueira. Ele relembrou os momentos difíceis em que enfrentou complicações de saúde decorrentes desses erros, resultando em uma sequência de eventos que o levaram à cegueira.
Apesar das adversidades, Germano perseverou e conquistou aprovação em concursos, culminando em sua atuação como magistrado no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região. Ele se tornou o primeiro juiz cego do Brasil, demonstrando sua dedicação e competência no campo da Justiça do Trabalho.
Ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional, Germano enfrentou desafios de acessibilidade, especialmente durante seus estudos de direito. Ele destacou a importância da inclusão e da disponibilidade de materiais de estudo acessíveis para pessoas com deficiência, ressaltando a evolução nesse sentido ao longo dos anos.
Germano enfatizou a importância da legislação e das políticas de inclusão, citando a Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência como um marco significativo nesse processo. Ele destacou a necessidade de garantir a igualdade de oportunidades e o acesso à educação para todos, independentemente de suas limitações.
A história de Germano é um testemunho inspirador de superação e determinação, destacando a importância da Justiça do Trabalho na defesa dos direitos dos trabalhadores e na promoção da igualdade e inclusão na sociedade.
Fonte: @ CNN Brasil
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