Aumento acentuado na ansiedade em relação à matemática em alunos de 81 países, incluindo Brasil, preocupando saúde mental e aprendizado.
A ansiedade é um sentimento comum entre os jovens brasileiros, especialmente quando se trata de matemática. Dados de 2022 mostram que 79,5% dos estudantes do Brasil apresentam ansiedade em relação às suas notas em matemática, o que supera a média da OCDE. Além disso, 62,3% dos estudantes brasileiros se sentem nervosos, tensos ou desamparados ao resolver problemas matemáticos.
A ansiedade não é apenas um sentimento passageiro, ela pode ter consequências negativas no desempenho acadêmico. Com a tensão e o nervosismo, os estudantes podem perder a capacidade de pensar claramente e resolver problemas de forma eficaz. Além disso, o desamparo pode levar a uma falta de confiança em si mesmo, dificultando a aprendizagem e o sucesso acadêmico. É importante que os educadores e os pais estejam atentos a esses sinais e ofereçam apoio e orientação para ajudar os estudantes a gerenciar a ansiedade e alcançar seu potencial.
O Impacto da Ansiedade no Aprendizado de Matemática
Os estudantes estão desenvolvendo uma postura cada vez mais negativa em relação ao aprendizado de matemática, conforme mostra a pesquisa internacional da OCDE. O Pisa, que avalia os estudantes de 81 países, registrou um aumento significativo no nível de ansiedade em relação à matemática, especialmente no Brasil. Isso é preocupante, pois pode impactar não apenas o desempenho, mas também a prontidão para o aprendizado ao longo da vida.
A ansiedade em relação às notas em matemática é um problema comum entre os estudantes, com cerca de 40% dos estudantes ficando nervosos, tensos ou desamparados ao resolver problemas matemáticos. No Brasil, esses índices são ainda mais altos, com 79,5% dos estudantes relatando ansiedade e 62,3% relatando nervosismo ou tensão. Esses dados são alarmantes e mostram a necessidade de políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos.
A OCDE analisou os resultados dos testes aplicados em 2022 e encontrou que a maioria dos países registrou um aumento nos índices de ansiedade em relação à matemática em comparação com 2012. A Europa e a América Latina foram as regiões que registraram aumentos mais significativos. A Coreia do Sul, Singapura e Tailândia foram os únicos países onde os índices de ansiedade caíram entre 2012 e 2022.
O relatório da OCDE destaca a importância da autoeficácia dos alunos, que é a confiança que eles têm em suas habilidades e capacidades de praticar certas atividades e realizar tarefas, mesmo quando encontram dificuldades. A especialista em educação Cláudia Costin explica que a autoeficácia é fundamental para o desenvolvimento de disciplina de aprendizagem voltada para o atingimento de metas e que os alunos precisam aprender a controlar seus impulsos e emoções para ter sucesso.
A pesquisa também mostrou que os países com os menores níveis de autoeficácia são os que tiveram maiores níveis de ansiedade com a matemática. Isso é um alerta para a necessidade de políticas públicas que promovam a autoeficácia e a saúde mental dos alunos.
A Importância da Saúde Mental dos Alunos
A saúde mental dos alunos é fundamental para o sucesso escolar e para a vida em geral. A ansiedade em relação à matemática é apenas um dos muitos problemas que os estudantes podem enfrentar. É importante que as escolas e as comunidades trabalhem juntas para criar um ambiente que promova a saúde mental e o bem-estar dos alunos.
Isso inclui a implementação de programas de avaliação e intervenção para lidar com a ansiedade e o estresse, além de políticas públicas que promovam a saúde mental e o bem-estar dos alunos. Também é fundamental que os professores sejam treinados para reconhecer os sinais de ansiedade e estresse em seus alunos e que saibam como lidar com esses problemas.
A OCDE destaca que a saúde mental dos alunos é uma questão de saúde pública e que as políticas públicas devem ser implementadas para cuidar da saúde mental dos alunos. É hora de agir e criar um ambiente que promova a saúde mental e o bem-estar dos alunos.
Tecnologias Educacionais para Apoiar a Aprendizagem de Matemática
As tecnologias educacionais podem ser uma ferramenta valiosa para apoiar a aprendizagem de matemática e reduzir a ansiedade em relação à disciplina. As ferramentas digitais podem oferecer uma experiência interativa e personalizada para os alunos, ajudando-os a compreender os conceitos matemáticos de forma mais eficaz.
Além disso, as tecnologias educacionais podem ajudar a identificar os pontos fracos dos alunos e a fornecer intervenções personalizadas para ajudá-los a superá-los. Isso pode ser particularmente útil para os alunos que têm dificuldade em lidar com a ansiedade em relação à matemática.
No entanto, é importante lembrar que as tecnologias educacionais devem ser usadas como uma ferramenta complementar à educação tradicional, e não como uma substituta. A interação pessoal entre os professores e os alunos é fundamental para o sucesso escolar e para o desenvolvimento da saúde mental.
Conclusão
A ansiedade em relação à matemática é um problema sério que afeta muitos estudantes em todo o mundo. A pesquisa da OCDE mostra que a maioria dos países registrou um aumento nos índices de ansiedade em relação à matemática em comparação com 2012. É fundamental que as escolas e as comunidades trabalhem juntas para criar um ambiente que promova a saúde mental e o bem-estar dos alunos.
Isso inclui a implementação de políticas públicas que promovam a autoeficácia e a saúde mental dos alunos, além da utilização de tecnologias educacionais para apoiar a aprendizagem de matemática. É hora de agir e criar um ambiente que promova a saúde mental e o bem-estar dos alunos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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