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Queimadas no Pantanal devastaram recorde histórico de área úmida, causando crise climática. Mato Grosso do Sul decreta emergência devido à seca severa.
Uma visão aérea revela fumaça se elevando de um incêndio no Pantanal, a extensa área alagada do planeta, em Corumbá, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, 10 de junho de 2024. Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino O Pantanal enfrentou um número sem precedentes de queimadas nos primeiros seis meses deste ano.
No segundo parágrafo, é crucial destacar a importância desse bioma para o povo brasileiro. O Pantanal é um tesouro natural que precisa ser protegido, pois desempenha um papel vital na preservação da biodiversidade do território brasileiro. A conscientização e a ação são essenciais para garantir a sobrevivência desse ecossistema único.
O Pantanal em Crise devido à Maior Onda de Queimadas na História
Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram 3.262 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 23 de junho no bioma brasileiro, o Pantanal, a maior área úmida do mundo, marcando um recorde histórico desde o início do monitoramento em 1988. Esse número é 22 vezes maior do que os registros do mesmo período em 2023. O aumento das queimadas em 2024 está diretamente ligado à crise climática que afeta o Pantanal, resultando em uma seca hídrica severa. As chuvas escassas no início do ano não foram suficientes para encher os rios e conectar as lagoas ao Rio Paraguai, o principal curso d’água do bioma, que alcançou níveis historicamente baixos para a época.
A devastação no Cerrado, bioma interconectado ao Pantanal, também contribui para a situação atual. Ações humanas irresponsáveis têm agravado a situação, exacerbando a crise hídrica e as queimadas na região. Os incêndios no Pantanal e no Cerrado atingiram um recorde histórico de quase 40 anos, desafiando a capacidade de resposta das autoridades e dos voluntários.
Devido à gravidade da situação, o governo do Estado de Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência na última segunda-feira, 24. O decreto, com validade de 180 dias, visa facilitar licitações de emergência e permitir a intervenção do Corpo de Bombeiros em residências afetadas. As queimadas já consumiram 627 mil hectares somente este ano, sendo 480 mil em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
As imagens que emergem do Pantanal são desoladoras. Um jacaré queimado entre a vegetação queimada, bombeiros voluntários lutando contra incêndios, um agricultor observando a fumaça se elevar de sua propriedade, cobras e macacos feridos pelo fogo – tudo isso retrata a trágica realidade enfrentada pela maior área úmida do mundo, o Pantanal, em meio a uma crise ambiental sem precedentes.
Fonte: @ Terra
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