Pai de menino esquecido no transporte escolar, corpo no IML para exames necroscópicos. Postagem encaminhada pela Agência Record.
A van escolar é um meio de transporte essencial para muitas famílias, que confiam a segurança de seus filhos aos motoristas responsáveis. Infelizmente, em alguns casos, acidentes trágicos como o ocorrido em São Paulo podem acontecer, trazendo dor e luto para as famílias afetadas.
É fundamental que os responsáveis pelas vans escolares estejam sempre atentos e sigam os protocolos de segurança para evitar tragédias como a que ocorreu em São Paulo, onde uma família perdeu seu filho de forma trágica e inesperada. A segurança das crianças deve ser a prioridade em qualquer veículo escolar, e medidas rigorosas precisam ser tomadas para garantir que acidentes desse tipo não se repitam.
.
O corpo é submetido a exames no IML
O corpo do garoto passou por análise detalhada em exames necroscópicos e está no Instituto Médico Legal (IML) central.
Vulnerabilidade do pai de menino
Em uma postagem encaminhada à Agência Record, Pereira lamentou a morte de João. ‘Ontem, o meu ‘Super América’ me deixou. Ainda não entendi por que Deus levou o meu menino’, escreveu.
Detalhes da tragédia envolvendo a criança e a Van Escolar
João Alisson, de três anos, foi encontrado morto, nesta segunda-feira (18), após ter sido esquecido dentro de uma van escolar na região da Mooca, na zona leste de São Paulo.
Na data, a capital registrou a média da temperatura máxima de 31,6°C, segundo os dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas).
De acordo com as primeiras informações da Polícia Militar, quando a motorista da van chegou ao Centro de Assistência Social Brás Mooca 1º para buscar o aluno, uma funcionária da instituição informou que ele não tinha comparecido à aula.
A criança foi encontrada embaixo de um banco do veículo, já inconsciente, e a PM foi acionada às 16h11 para o local.
Segundo informações da RECORD, a perueira pegou o menino em casa por volta das 6h30 e chegou à escola por volta das 7h. Após ser esquecido, João Alisson ficou cerca de nove horas na van escolar.
Capacidade do Veículo Escolar e as altas temperaturas
Veja também: ‘Fico pensando no que ele passou lá dentro’, lamenta avó de criança que morreu em van escolar
O Balanço Geral conversou com familiares de Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, que morreu ao ser esquecido dentro de uma van escolar, na zona norte de São Paulo. Em um dos dias mais quentes do ano, a criança passou cerca de sete horas dentro do veículo que o levaria para a sua escola. Veja o depoimento da mãe e a avó da criança após a tragédia
Reprodução/RECORD
No dia em que os termômetros marcavam quase quarenta graus nas ruas, Apollo foi até a creche onde passaria o dia, mas nunca voltou. Ao ser deixado na van pelo motorista que fazia o transporte dos alunos, o garoto morreu pelo calor extremo. Ao perceber o erro que havia cometido, o condutor levou imediatamente a criança ao hospital, mas ele já chegou lá sem vida
Reprodução/RECORD
A avó do menino, Luzinete Rodrigues dos Santos, contou que Apollo estava preso na cadeirinha pelo cinto de segurança e não conseguiu sair. ‘Fico pensando no que ele passou lá dentro‘, lamentou.
Reprodução/RECORD
Impacto em crianças sob altas temperaturas e na Van escolar
Em entrevista ao Balanço Geral, o pediatra Paulo Telles alerta sobre o perigo de expor crianças a condições de altas temperaturas. Segundo o especialista, os pequenos acumulam mais o calor no corpo e, como passar do tempo, os órgãos vitais param de funcionar. ‘Para crianças de 1 a 5 anos, de 30 a 60 minutos em um carro fechado já o suficiente para morrer‘, explicou o médico. No caso de Apollo, ele ficou 7 horas dentro do veículo.
Reprodução/RECORD
A mãe da criança, Kaliane Rodrigues, revelou que no dia em que viu o filho com vida pela última vez, ele não queria entrar na perua do transporte. Ela disse que sentiu algo estranho, pois isso nunca havia acontecido. Mas, mesmo com a criança chorando, ela o embarcou na van. Revelou, também, que Apollo sempre era colocado nas primeiras cadeiras do veículo e, nesse dia, o colocaram nas últimas. ‘Como esqueceram meu filho o dia inteiro?‘, indagou.
Reprodução/RECORD
Luzinete era quem aguardava a chegada no neto na volta da escola. Como de costume, ela foi esperar a van no local sempre combinado e, pela demora, achou apenas que teriam atrasado. Após esperar por cerca de trinta minutos, ela recebeu uma mensagem dos responsáveis pelo transporte, avisando que Apollo estava no hospital. ‘Nunca imaginei que meu neto iria morrer‘, confessou.
Reprodução/RECORD
Durante todo o dia, a van em que Apollo estava preso ficou estacionada em um terreno sem cobertura solar. De acordo com o Boletim de Ocorrência, a criança entrou no veículo por volta das sete da manhã, horário de ida para a escola, e permaneceu até as três da tarde, quando deveria voltar para casa depois da aula. O motorista, quando percebeu, tentou socorrê-lo, mas já era tarde demais
Reprodução/RECORD
A equipe do Balanço Geral acompanhou a saída do casal responsável pelo transporte da delegacia. Flávio Robson Benes, de 45 anos, e Luciana Coelho Graft, de 44, foram levados para o Fórum, onde uma audiência de custódia vai decidir se eles permanecem presos ou se responderão pela morte da criança em liberdade
Reprodução/RECORD
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que lamenta o ocorrido, e presta todo o tipo de apoio necessário aos familiares. Além disso, destacou que Flávio, motorista do transporte escolar gratuito, já foi descredenciado
Reprodução/RECORD
A família de Apollo comemorou seu aniversário dias antes do ocorrido e, agora, sofrem com a perda. ‘Eu espero justiça‘, afirmou a avó. Ela ainda reforçou que quando se trabalha com crianças, é preciso dar o melhor de si, e ainda não tiveram acesso nem a mochila do neto após a tragédia.
Acompanhe o desdobramento de casos intrigantes como esse no Balanço Geral. O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 11h50; e aos sábados, às 13h, na RECORD.
Reprodução/RECORD
Carregando…
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo