Busca e apreensão autorizada para residência de Carlos Bolsonaro.
Na data de hoje, a Operação da Polícia Federal foi iniciada com o intuito de realizar uma busca minuciosa em uma residência localizada em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Neste local, foi realizada uma transmissão ao vivo feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, no domingo passado.
Além da casa em Angra dos Reis, a operação também teve como alvo possíveis receptores de informações coletadas ilegalmente pela Abin, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro. Os mandados de busca foram autorizados para a residência e o gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, foi o responsável por autorizar os mandados da operação.
A Operação e Busca por informações ilegais e manipulação de dados
A Polícia Federal suspeita que, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Abin tenha atuado como um braço de coleta de informações ilegais, operando sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, que foram disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades.
Em outro contexto, a Abin também teria sido acionada para proteger os filhos do ex-presidente Bolsonaro de investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Busca e apreensão na residência de Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro, vereador desde 2001 e em seu sexto mandato consecutivo, foi apontado como chefe do conhecido gabinete do ódio, uma estrutura paralela no Palácio do Planalto que atacava adversários e instituições – como o sistema eleitoral brasileiro.
Essas acusações foram feitas pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Crise na Abin
Na última quinta-feira (25), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, alegou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre as autoridades monitoradas ilegalmente estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.
Investigações da PF indicam que a Abin teria sido ‘instrumentalizada’ para monitorar de forma ilegal várias autoridades e pessoas envolvidas em investigações, incluindo desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Todo esse uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era administrado por Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que agora é deputado federal.
Fonte: G1 – Política
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