PF deflagra operação contra 16 militares em inquérito sobre ações golpistas para eleições presidenciais.
A operação realizada pela Polícia Federal hoje, tem como alvo 16 militares das Forças Armadas que teriam se envolvido em um suposto golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, de acordo com as informações das autoridades.
As ações da investigação se concentram nos meses entre as eleições presidenciais e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, após a derrota de Bolsonaro. Durante esse período, grupos extremistas realizaram atividades que questionavam o resultado das eleições e desafiavam a transição de poder.
Operação: Ações dos militares nas eleições presidenciais
Segundo o inquérito, os militares atuaram em duas principais frentes:
Operação deflagrada na propagação de notícias falsas
- A primeira foi na ‘produção, divulgação e amplificação’ de notícias falsas relacionadas à lisura das eleições presidenciais de 2022. A investigação afirma que eles tinham a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas e criar o ambiente propício para o Golpe de Estado. Ainda de acordo com o inquérito, o grupo incitava outros militares a aderirem à ideia, diretamente ou por meio de influenciadores nas redes sociais. As investigações revelam a extensão e profundidade das ações destinadas a desestabilizar o processo eleitoral, com um esforço coordenado e calculado para influenciar a opinião pública e minar a confiança nas instituições democráticas. A operação foi planejada de forma meticulosa e envolveu um número significativo de militares, conforme os resultados da investigação.
- a PF afirma que a segunda frente de atuação dos militares seria no apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento de ações para manter os acampamentos em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais. As investigações detalham a complexa rede de ações clandestinas empreendidas pelos grupos extremistas, revelando a extensão do envolvimento militar e a sofisticação das operações realizadas, que ultrapassam os limites da mera especulação. A operação revelou uma estrutura bem organizada para manter a coesão entre os seguidores e garantir o financiamento das ações, demonstrando a influência e poder de mobilização desses grupos.
Fonte: G1 – Política
Comentários sobre este artigo