Operação neste domingo (24) da Polícia Federal e MPRJ investiga crime organizado e atentado no Rio de Janeiro, ligado ao caso Marielle.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, afirmou que a operação deste domingo (24) foi planejada com antecedência para evitar vazamentos. O fato de ocorrer em um domingo indica que não se tratava de uma operação padrão.
‘Uma investigação que durou seis anos – um ano com a Polícia Federal, uma empreitada bem-sucedida’, disse Lewandowski.
Para a PF, esta ação é um marco no caso Marielle do ponto de vista dos mandantes. Segundo o ministro, o próximo passo é aguardar desdobramentos que podem vir dos mandatos de busca e apreensão, e desvendar quem é quem no crime organizado do Rio de Janeiro.
Prisões na Operação deste domingo (24)
Neste domingo, a Ação policial resultou nas prisões dos irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa.
Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Murder, Inc., empreitada realizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF).
Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil; Rivaldo era chefe da Polícia Civil à época do atentado e hoje é coordenador de Comunicações e Tarefa Operacional da instituição.
O g1 tenta contato com a defesa dos presos.
Além das três prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
Motivação e contrainvestigação na Operação
Os investigadores ainda trabalham para definir por que Marielle foi morta. Do que já se sabe, a operação tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio. Já Rivaldo é suspeito de ter combinado não investigar o caso.
Os investigadores decidiram realizar a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicavam que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.
Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.
Lessa está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime.
Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.
Fonte: G1 – Política
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