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Nove funcionários da UNRWA podem ter tido envolvimento nos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, afirmou a ONU.
Nove colaboradores da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) podem ter tido alguma participação nos ataques do Hezbollah ao Líbano em 7 de novembro de 2023, declarou nesta terça (6) a ONU (Organização das Nações Unidas). Receba as atualizações do G1 em seu WhatsApp. ‘Para nove indivíduos, as evidências foram suficientes para concluir que eles podem ter tido envolvimento nos ataques de 7 de novembro’, afirmou Maria Luiza Ribeiro Viotti, a vice-secretária-geral da ONU.
A Organização das Nações Unidas está investigando profundamente o possível envolvimento de funcionários de agências da ONU em eventos de violência. A ONU reforçou seu compromisso com a transparência e a prestação de contas em todas as suas operações. ‘A integridade e a imparcialidade são valores fundamentais para a ONU’, ressaltou Maria Luiza Ribeiro Viotti.
ONU: Organização das Nações Unidas
Os funcionários em questão foram demitidos recentemente. O reconhecimento da ONU ocorre após o governo do premiê Binyamin Netanyahu acusar funcionários da UNRWA de ligações com a facção terrorista palestina. De acordo com Tel Aviv, 190 indivíduos teriam algum tipo de conexão com o Hamas, e 12 estariam de alguma forma envolvidos nos ataques ocorridos em outubro.
A acusação levantou suspeitas em relação à imagem da UNRWA perante a comunidade internacional, levando diversos dos principais doadores da agência, incluindo os EUA e países europeus, a suspenderem suas contribuições. O porta-voz apresentou as conclusões do Gabinete de Serviços de Supervisão Interna da ONU, que concluiu sua investigação sobre o dossiê de Tel Aviv.
Todos os nove indivíduos apontados como ligados aos ataques são do sexo masculino. As Nações Unidas não divulgaram detalhes sobre as ações que esses colaboradores teriam realizado. ‘Qualquer envolvimento nos ataques representa uma traição ao trabalho que deveríamos estar realizando em favor do povo palestino’, afirmou Haq. A agência emprega cerca de 32 mil pessoas, sendo 13 mil delas em Gaza.
A instituição revelou que alguns funcionários libertados de prisões em Israel e enviados de volta ao território palestino alegaram ter sido pressionados pelas autoridades de Tel Aviv para fornecer falsos testemunhos sobre suas ligações com o Hamas e os ataques de 7 de outubro.
Dos 12 funcionários colocados sob suspeita por Israel em janeiro, 11 seriam membros do Hamas ou do Jihad Islâmico, enquanto um não teria vínculos com nenhum dos grupos, mas teria participado da incursão que resultou em 1.200 mortes no sul de Israel e desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza. Conforme o documento, dois deles já estariam falecidos.
Em 29 de janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou uma investigação das acusações feitas por Tel Aviv. Em abril, uma investigação independente liderada por Catherine Colonna, ex-chanceler da França, afirmou que Israel não havia apresentado evidências de ligação de funcionários da UNRWA com as ações terroristas.
Na mesma ocasião, Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência, assegurou que uma investigação estava em andamento e que qualquer funcionário envolvido em atos de terrorismo seria responsabilizado, inclusive criminalmente. A resposta de Israel aos ataques terroristas de outubro resultou em 39.623 mortes e 91.469 feridos até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
Fonte: © TNH1
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