Ícones influenciam a cultura popular com estilo e linguagem nobre, estabelecendo transformações na memória cultural coletiva.
No mundo da publicidade, é comum encontrar pessoas talentosas, mas poucas se destacam como verdadeiros ícones. O Washington é um exemplo disso, um homem que transcendeu sua época e influenciou a cultura popular de maneira profunda. Ele não era apenas um gênio em sua área, mas um verdadeiro ícone que inspirou mudanças e estabeleceu transformações que ficarão marcadas no tempo.
Enquanto os gênios podem ser especialistas em uma área específica, os ícones são capazes de inspirar e influenciar uma geração inteira. No mundo da publicidade, isso é especialmente verdadeiro, onde a propaganda e os anúncios podem ter um impacto profundo na sociedade. Um publicitário habilidoso pode criar campanhas que não apenas vendem produtos, mas também mudam a forma como as pessoas pensam e se comportam. E é exatamente isso que o Washington fez, deixando um legado que continua a inspirar e influenciar até hoje. Ele foi um verdadeiro mestre da comunicação.
A Lenda Viva da Publicidade
Ele era um homem que sabia de tudo e todos. Amigo de artistas, garçons, vendedores de loja, donos de quiosques, presidentes e qualquer pessoa que gostasse de contar ou ouvir uma boa história. Como um empresário global, autor bestseller, letrista de música, marido da Patrícia e pai do Homero, Antônia e Theo, ele era um empreendedor, mentor, colecionador, investidor e lenda viva que nunca deixou de se apresentar orgulhosamente como publicitário.
Um Novo Modelo de Publicidade
Como publicitário, ele criou um novo modelo para a publicidade nacional, afastando-se da abordagem enlatada e importada da Madison Avenue. Em vez disso, ele desenvolveu narrativas que apelavam ao imaginário coletivo e ao tom do humor verde e amarelo. Isso permitiu que a publicidade brasileira se tornasse mais autêntica e inovadora, refletindo o estilo de comunicação que ele criou. Esse estilo exaltava o cotidiano e o modo de ser brasileiro, influenciando tanto a publicidade quanto a percepção popular do que é ser brasileiro.
Um Estilo de Comunicação Único
Ele criou um estilo de comunicação que refletia e exaltava o cotidiano e o modo de ser brasileiro. Suas ideias sempre dialogavam com comportamentos exclusivamente brasileiros, tornando-se parte da cultura popular. A propaganda brasileira passou a disputar com a resenha do futebol as mesas dos bares. Quem não se lembra do primeiro sutiã, do cachorrinho da Cofap, do garoto Bombril e tantos outros? Jorge Ben Jor se referia a ele como o maior criador de hits da nossa história.
Um Ícone da Publicidade
Ele era um ícone da publicidade, celebrado por um país ainda pobre. Nunca aceitou o Brasil colônia, defendia um Brasil Global. Valorizava a Sorveteria da Ribeira tanto quanto a Gelateria del Porto, em Antibes, da carne do Rodeio como o foie gras da La Ferme au Foie Gras. Com todo seu sucesso, poderia ter receio de se expor, como tantos fazem. Mas ficar em cima do muro nunca foi sua opção. Sempre usou seu poder de influência para escancarar sua opinião, provocar reflexões. Uma raridade para alguém do seu tamanho.
Um Legado na Publicidade
Ele fez parte da democracia corinthiana e era crítico voraz do momento atual do Brasil e da propaganda. O amor por ambos não permitia aceitar a mediocridade. A propaganda nunca conseguiu agradecer o suficiente tudo o que ele fez por ela. Sem ele não teríamos a Camila, o Nizan, o Marcello Serpa, Fabinho Fernandes, Loducca, Rynaldo, Ricardo Freire, Tetê, Branquinho que trabalharam ou se inspiraram nas suas andanças.
Fonte: @ NEO FEED
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