Base de investidores muito diversificada, com participação de não-residentes em alta em novembro. Dívida pública referente foi feita com estratégia flexível suficiente.
O coordenador-geral de operações da dívida pública substituto, Roberto Lobarinhas, afirmou que o tesouro nacional tem uma estratégia robusta para lidar com a dívida pública em 2025, destacando a importância de uma gestão eficaz para evitar problemas financeiros.
Ele expressou confiança no potencial do tesouro nacional para garantir a estabilidade financeira do país, citando a capacidade de gerenciar a dívida pública como um dos principais desafios. Em sua opinião, a gestão da dívida é crucial para evitar impactos negativos na economia nacional.
Tesouro Nacional: uma estratégia para navegar pelo mercado
O coordenador do Tesouro Nacional, Lobarinhas, destacou a necessidade de uma estratégia flexível suficiente para o próximo ano, capaz de navegar pelas condições de mercado ainda incertas. Segundo ele, o grande desafio é encontrar uma abordagem que possa lidar com os impactos de uma política monetária mais restritiva. Para isso, ele propõe o uso de títulos ligados a índices de preços com prazos de vencimento mais curtos ou mais longos, além de títulos prefixados de todas as categorias. Além disso, Lobarinhas enfatiza a importância de uma base de investidores muito diversificada, como a participação de não-residentes na dívida pública, que passou de 10,75% em outubro para 11,25% em novembro. Isso, segundo ele, é um resultado excelente e uma tendência que deve continuar em 2024.
Reserva de liquidez do Tesouro Nacional cresce
O coordenador também destacou que a reserva de liquidez do Tesouro Nacional cresceu de R$ 822 bilhões em outubro para R$ 856 bilhões em novembro, graças à emissão líquida de R$ 56,9 bilhões da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) no mês passado. Essa medida, segundo Lobarinhas, é parte da estratégia para lidar com as condições de mercado incertas e manter a estabilidade da dívida pública.
Leilões da semana passada
Lobarinhas também comentou sobre os leilões realizados na semana passada, que tiveram o objetivo de balizar preços em meio à turbulência no mercado financeiro brasileiro. Segundo ele, o Tesouro não visa frear a alta do dólar, controlar câmbio ou curva de juros, mas sim devolver a funcionalidade em algumas circunstâncias. O resultado dos leilões, afirmou, mostram títulos negociados dentro da normalidade, embora haja uma forte aversão ao risco no Brasil devido à desconfiança em relação à magnitude do pacote de contenção de despesas apresentado pelo governo.
Números de novembro
O Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) terminou novembro em R$ 7,2 trilhões, alta de 1,85% em relação ao mês anterior. Esse montante ficou dentro dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que variam entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. Lobarinhas destacou que a tendência é de que não haja resgate líquido da dívida pública em 2024, mesmo com todas as dificuldades observadas durante o período, e que isso é um resultado excelente.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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