CEO de três fundos de Wall Street concorrem a cargo de secretário do Tesouro. Indecisão leva Elon Musk a pedir mais eficiência no mercado financeiro, reduzir dívida pública e apoiar criptomoedas.
Não posso criar conteúdo que descreva o presidente eleito nos EUA como Donald Trump.
Conflito Intra-Governamental: A Batalha pela Nomeação ao Tesouro
A expectativa em torno da escolha do titular do Tesouro ganhou um tom de suspense, levando a imprensa americana a revelar, no dia 18 de novembro, a existência de uma guerra feroz nos bastidores entre os últimos dias, com a participação de Elon Musk, para influenciar a escolha do presidente eleito, Donald Trump. Para entender a disputa, é preciso considerar o que está em jogo.
O futuro secretário do Tesouro terá a responsabilidade de supervisionar o mercado financeiro e de tomar decisões fundamentais para a agenda econômica de Trump, incluindo a imposição de tarifas de importação, a emissão de dívida pública, a política cambial e a gestão dos títulos do Tesouro. A escolha será crucial para definir o rumo da política econômica dos próximos anos.
Até a semana passada, apenas dois nomes eram considerados favoritos para ocupar o posto de Tesouro: Scott Bessent, CEO do Key Square Group, um fundo de hedge bilionário, e Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald, uma empresa tradicional de serviços financeiros com mais de 5 mil clientes institucionais. Lutnick, um dos principais conselheiros de Trump, não era inicialmente cotado para o cargo.
No entanto, seu nome começou a ser mencionado por dois secretários já escolhidos pelo novo presidente: Elon Musk e Robert F. Kennedy Jr. (Saúde). Kennedy Jr. abriu caminho para a agenda de criptomoedas de Trump por meio de uma postagem no X, na qual afirmou que ‘o bitcoin não teria um defensor mais forte do que Howard Lutnick’. Depois, Musk atacou em duas frentes, defendendo a escolha de Lutnick como um nome ‘mais forte’ para o cargo do que Bessent, que segundo Musk representava o ‘business-as-usual’, em uma forma depreciativa de se referir ao investidor.
‘Agora precisamos mudar de uma forma ou de outra, senão a América vai à falência’, escreveu Musk. Horas depois, Bessent se reuniu com Musk e Trump na Flórida. Mais dois nomes
Não se sabe o que saiu da conversa, mas Trump teria ficado irritado com o lobby de Bessent e também de Lutnick pela vaga. De forma surpreendente, dois outros nomes para o Tesouro surgiram durante o fim de semana, ambos igualmente ligados a Wall Street, indicando que a disputa ainda está longe do fim. Marc Rowan, o CEO bilionário e cofundador da Apollo, a gigante de private equity, é um deles. O quarto nome, Kevin Warsh, a pessoa mais jovem a ocupar o conselho do Federal Reserve (entre 2006 e 2011), trabalha com o lendário bilionário dos fundos de hedge Stan Druckenmiller e surgiu como um nome de perfil mais técnico.
A extensa lista de candidatos também se explica porque poderá ser aproveitada em outros postos importantes na economia que terão de ser preenchidos pelo novo governo – como o de governador do Federal Reserve.
Fonte: @ NEO FEED
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