Investir em fundos imobiliários em 2025 exige cautela. Especialistas sugerem considerar fundos de papel, letras de crédito ou letras hipotecárias para renda fixa.
Antes de investir em fundos imobiliários em 2025, é importante considerar o cenário econômico atual. O aumento dos juros pode afetar negativamente o setor, tornando os empréstimos mais caros e diminuindo a demanda por imóveis. Além disso, o crescimento do PIB é um indicador importante de saúde econômica, e um baixo crescimento pode afetar a capacidade de pagamento dos emprestadores de imóveis. Portanto, é fundamental ter cautela e planejar com antecedência para evitar perdas.
Apesar dos desafios, ainda é possível encontrar oportunidades no mercado de fundos imobiliários em 2025. A Taxa de juros Selic, que é a taxa de juros básica da economia, pode ser um indicador de como o mercado responderá às mudanças econômicas. Se a taxa de juros for baixa, pode ser um sinal de que o mercado está mais propenso a investir em imóveis. Além disso, é importante lembrar que o longo prazo é uma estratégia de investimento que pode ajudar a superar os desafios do mercado e alcançar os objetivos financeiros.
Previsões para o mercado imobiliário em 2025
Com a perspectiva de crescimento do PIB menor do que no ano anterior e uma taxa de juros em ascensão, especialistas em finanças como Maria Fernanda Violatti, analista de fundos imobiliários, prevêem um cenário desafiador para o setor. ‘A inflação mantendo-se acima da meta, a Selic crescendo até 14% e uma perspectiva de crescimento do PIB um pouco menor, é um ambiente pior do que no início de 2024.’ Violatti entende que os investidores devem ter cautela e que a migração de investimentos de renda variável para renda fixa pode ser significativa.
Desafios para fundos imobiliários
A especialista alerta que o mercado imobiliário enfrentará dificuldades, especialmente os fundos de tijolo – aqueles relacionados a imóveis físicos. Com incertezas econômicas e aumento de juros, essa classe enfrentará desafios. A recomendação é escolher fundos com os melhores imóveis e em grandes centros, onde a busca por espaços já é consolidada e devem sofrer menos com os solavancos do mercado.
Oportunidades nos fundos de papel
No entanto, as especialistas também enfatizam as oportunidades nos fundos de papel – aqueles ligados a ativos financeiros, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Carteiras pós-fixadas devem oferecer retornos alinhados ao CDI, contribuindo para menor volatilidade na composição do portfólio. Já os fundos com exposição a IPCA+ continuam proporcionando retornos reais competitivos, com prêmios acima das taxas das NTN-Bs de referência.
Escolhas estratégicas
Violatti sugere que, dentro do segmento de fundos de papel, os fundos indexados ao CDI talvez sejam indicados a curto prazo e os fundos atrelados ao IGPA sejam indicados a longo prazo. Carol Borges, head e analista de FIIs da EQI Research, defende que os FIIs seguem como uma alternativa sólida para exposição ao mercado imobiliário, especialmente para investidores com visão de longo prazo. A orientação dela é buscar posições de longo prazo para aproveitar as oportunidades surgidas, como preços competitivos e potenciais rendimentos crescentes.
Fonte: © Estadão Imóveis
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