Vendas de óleo da Prio caíram 76,5% em setembro para 875,8 mil barris, devido à redução da produção nos campos de Frade e Polvo.
Os números da produção da petroleira Prio, abordados em setembro, já não são mais uma realidade. A empresa teve produção de 79,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em outubro, o que representa uma alta de 10,8% em comparação com os 71,5 mil boed apresentados no mês anterior. Esses dados foram divulgados pela própria empresa na última segunda-feira (4).
Essa alta é um indicativo positivo para a empresa, demonstrando um crescimento significativo em sua produção. Considerando que a produção de barris é um dos principais pilares da atividade petrolífera, esse aumento deve ser visto com atenção. A produção de boed também é um indicador importante, pois reflete a capacidade da empresa de extrair e processar petróleo. Dessa forma, a produção de 79,2 mil barris de óleo equivalente por dia representa um marco importante para a Prio, demonstrando sua capacidade de expandir sua operação.
Recuperação da produção de petróleo na Prio
As vendas de óleo da Petrobras (Prio) foi de 875,8 mil barris em setembro, uma queda significativa de 76,5% em relação aos 3,7 milhões de barris vendidos no mesmo mês do ano passado. Embora os números sejam decepcionantes, os analistas da J.P.Morgan notam uma recuperação significativa da produção da Prio em outubro, com uma alta de 10% em relação a setembro, impulsionada pelos campos de Frade, Tubarão Martelo e Albacora Leste.
A produção diária de 79,2 mil barris de óleo equivalente no mês ficou 5,1% abaixo das estimativas, mas o banco acredita que a tendência agora é a Prio melhorar sua produção mês a mês, criando perspectivas positivas para seu desempenho operacional no quarto trimestre. O J.P. Morgan tem recomendação de compra para Prio, com preço-alvo em R$ 62. As ações caíram 1,64% e estavam cotadas em R$ 40,21.
Na mesma linha, os números da BTG foram impulsionados por ganhos no campo de Frade, onde a produção aumentou 18% no período, para 41,6 mil barris diários, e no campo Polvo e Tubarão Martelo, que atingiu 12,1 mil barris por dia, 13% maior do que em setembro. A produção no campo de Albacora Leste permaneceu estável em 25,5 mil barris diários. Em outubro, a Prio teve uma produção total de 876 mil barris de petróleo equivalente, mas apenas 36% dessa produção foi vendida, uma vez que Repsol exerceu seu direito de vender sua parte da produção do campo Albacora, conforme definido em acordo operacional entre as empresas.
O BTG lembra que o desempenho da produção já era previsto e o crescimento mensal é um sinal positivo, indicando alguma normalização nas operações da empresa. Ainda assim a produção continuou abaixo do projetado, uma vez que os campos de Polvo e Tubarão Martelo aguardam aprovação do Ibama para reparos, e a troca de turbina em Albacora deve se concluir neste mês.
Projeções para a produção da Prio
Para os analistas Pedro Soares e Henrique Perez, da BTG, espera-se que a produção possa se estabilizar acima de aproximadamente 80 mil barris diários até o final do ano, assumindo a normalização completa do portfólio atual. No curto prazo, as ações ainda podem ser afetadas por essa dinâmica de interrupções ao longo do ano, mas para os investidores de longo prazo, o BTG vê o preço atual das ações da empresa como um ponto de entrada atraente.
Recomendações da J.P. Morgan e do BTG
O J.P. Morgan tem recomendação de compra para a Prio, com preço-alvo em R$ 62, enquanto o BTG tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 79,00.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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