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Papéis atraentes para analistas de renda fixa após decisão unânime do Copom, com juros oferecidos, incertezas locais e rendimento dos títulos americanos em Boletim Focus.
Os títulos do Tesouro Direto mantêm-se estáveis nesta sexta-feira (21), sem grandes variações em relação ao fechamento de ontem. Acompanhando os acontecimentos da semana, destaca-se a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 10,5%. Durante a semana, os juros dos títulos públicos tiveram um aumento significativo, porém houve um alívio ao final desta mesma semana.
No cenário de investimento em renda fixa, o Tesouro Direto continua sendo uma opção atrativa para o público interessado em títulos públicos. A estabilidade observada nos papéis do Tesouro Direto reflete a confiança dos investidores, mesmo diante das oscilações do mercado financeiro. A diversificação de investimentos em renda fixa por meio do Tesouro Direto pode ser uma estratégia sólida para garantir um bom retorno a longo prazo.
Tesouro Direto: uma decisão unânime do Copom
No entanto, persistem as incertezas locais envolvendo a política fiscal do governo e a sucessão de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central. O recuo no rendimento dos títulos americanos, após indicadores fracos na Europa, também exerce influência sobre o movimento de maré tranquila no Brasil.
Por volta das 12h30, os papéis indexados à inflação com vencimento em 2029 mantinham exatamente a mesma taxa paga ontem, de 6,31%. Já entre os prefixados, o título com vencimento em 2031 oferecia 12,25% ao ano, 0,01 ponto percentual acima do que a sessão anterior apresentou.
Tesouro Direto: análise dos Boletins Focus divulgados
Comprar ou aguardar? Na próxima semana, mais um Boletim Focus será divulgado na segunda-feira (24) pelo Banco Central, expondo as projeções para inflação, Selic, dólar e PIB. É importante ressaltar que as expectativas dos últimos relatórios apontavam para alta nos três primeiros indicadores.
Além disso, na terça-feira (25), o mercado terá acesso à ata do Copom, que deverá fornecer maiores insights sobre como a autoridade monetária enxerga o horizonte para as próximas reuniões que determinarão a trajetória da taxa básica de juros. Prévia da inflação e dados do mercado de trabalho no Brasil, assim como a inflação nos Estados Unidos, estão entre os elementos que permanecem no radar dos investidores.
Tesouro Direto: rendimento dos títulos e estratégias de investimento
Até o momento, os papéis mantêm-se em níveis considerados atrativos para analistas de renda fixa. No caso dos atrelados à inflação, são recomendados como forma de proteção da carteira contra o aumento de preços, sendo que os mais de 6% são vistos como uma oportunidade pelos especialistas — para quem está comprando. Os prefixados de curto prazo também são indicados, porém com um pouco mais de cautela.
Para aqueles que já possuem títulos públicos em suas carteiras, antes mesmo das recentes valorizações, a melhor maneira de evitar perdas é manter o investimento até o vencimento. É importante lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais, o que significa que, tanto nos papéis prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa.
Quando as taxas sobem, apesar de ser uma boa notícia para quem está investindo — pois garante uma rentabilidade maior se a aplicação for mantida até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, resultando em uma perda temporária para quem detém os títulos na carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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