Psiquiatras alertam para os perigos do jogo patológico, como o jogo do tigrinho, que pode intensificar o vício, afetando circuitos cerebrais, tomada de decisões e regulação emocional.
Infelizmente, muitas pessoas ainda acreditam que os jogos de apostas online, como o popular ‘jogo do tigrinho’, são uma forma rápida e fácil de enriquecer. No entanto, esses métodos podem levar a sérios problemas financeiros e aumentar o risco de vício, especialmente quando combinados com o consumo excessivo de álcool.
Além disso, a dependência em jogos de apostas online pode se tornar uma armadilha difícil de escapar, levando a uma espiral de compulsão e perda de controle. É importante lembrar que o vício em jogos de apostas online pode ter consequências graves, incluindo a perda de dinheiro, relacionamentos e até mesmo a saúde mental. É fundamental buscar ajuda profissional se você ou alguém que você conhece está lutando contra a adicção em jogos de apostas online.
O Vício em Jogos e Álcool: Um Ciclo Difícil de Romper
Misturar bebidas alcoólicas com apostas pode ser extremamente perigoso, criando um ciclo vicioso de dependência e adicção difícil de quebrar. De acordo com a psiquiatra e pesquisadora do CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, Olivia Pozzolo, é comum que o jogo patológico, um transtorno mental, se agrave com o consumo de álcool. A substância afeta o julgamento e pode fazer com que os jogadores se envolvam mais nos jogos de azar, gastem mais dinheiro e, consequentemente, desenvolvam um comportamento problemático.
A combinação de álcool e jogos de apostas pode ser mais perigosa do que aparenta, pois afeta diretamente o cérebro, tornando ainda mais difícil resistir à tentação de apostar. Segundo Olivia, jogadores compulsivos que também abusam do álcool sofrem alterações nos circuitos cerebrais responsáveis pelo controle dos impulsos, tomada de decisões e regulação emocional. Isso cria uma interação complexa entre o forte desejo por recompensa imediata, a incapacidade de inibir comportamentos arriscados e uma maior sensibilidade ao estresse e aos estímulos do ambiente.
O Ciclo Vicioso do Jogo e do Álcool
Ao jogar e beber, essas pessoas experimentam prazer imediato, mas com o custo de consequências negativas a longo prazo. Esse cenário cria uma armadilha, onde as consequências, como perdas financeiras, aumento do estresse e problemas pessoais, surgem mais tarde. É um ciclo vicioso: quanto mais o jogador busca a recompensa, mais difícil se torna escapar dessa espiral. A comorbidade entre alcoolismo e jogo compulsivo é um desafio tanto clínico quanto social, agravado pela relutância de muitos em buscar ajuda.
No entanto, é essencial tratar essa questão com o cuidado que ela exige. De acordo com a psiquiatra Olivia Pozzolo, o abuso de álcool e o vício em jogos desregulam os sistemas cerebrais responsáveis pela recompensa e pelo controle dos impulsos, criando ‘um ciclo vicioso muito difícil de romper sem o tratamento adequado’. Ainda segundo a especialista, o sucesso no tratamento está em ‘uma abordagem integrada, que combine terapias psicológicas, como a cognitivo-comportamental, com medicações adequadas e suporte social’.
Prevenção e Tratamento
Abordagens preventivas também são fundamentais para interromper o ciclo antes que ele se consolide. Além de afetar a saúde mental, o consumo excessivo de álcool também compromete a saúde física, especialmente em pessoas com mais de 55 anos, conforme explica Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA. O cenário é preocupante quando consideramos que essa faixa etária é mais sensível aos efeitos do álcool e que os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Além disso, há o crescimento acelerado da população idosa no Brasil, o que exige urgência em programas focados no envelhecimento saudável, com campanhas de prevenção ao uso nocivo de álcool e jogos de azar.
Fonte: @ Minha Vida
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