O Gaeco investiga denúncia de cooptação de policiais pela organização criminosa PCC, através de esquema clandestino de segurança e informações sigilosas.
O Ministério Público no Brasil está em um caso envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das organizações criminosas mais poderosas do país. O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está investigando a denúncia de que policiais militares foram cooptados pela organização criminosa.
Dentre os investigados consta o cabo José Roberto Barbosa de Souza, conhecido como Barbosinha, que negou qualquer proximidade com membros do PCC. É um caso delicado que pode colocar em xeque a credibilidade das forças policiais na luta contra o crime organizado. A investigação está em andamento e todos os envolvidos estão sendo monitorados. É um momento crítico para o Brasil e a segurança pública. O PCC é conhecido por sua influência e capacidade de infiltrar-se em diversos níveis da sociedade brasileira.
Armas e Condições de Segurança
O atual governador de São Paulo, Guilherme Derrite, teve uma relação próxima com um policial, o cabo Barbosa, que chegou a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022, sendo o 458º mais votado com 2.350 votos. Esta informação é de suma importância para entender a proximidade entre os dois. A proximidade entre Derrite e Barbosa se tornou pública por conta de um episódio do podcast ‘Papo de Rota’, apresentado por Derrite, que estava disponível no YouTube. O episódio foi apresentado como um dia especial e Derrite afirmou que estava trazendo um grande amigo, um grande policial, um grande piloto de Rota, o cabo Barbosa, o Barbosinha. Após a investigação sobre Barbosa vir a público, o vídeo passou a ter acesso restrito na plataforma de vídeos.
Denúncias e Investigação
A investigação que apura a conduta de Barbosa e outros policiais militares teve início em abril de 2024. A Gaeco recebeu uma denúncia sobre um esquema de cooptação de membros da Rota pelo PCC para trabalhar na segurança de chefes do grupo criminoso. Além da proteção, eles estariam passando informações sigilosas para membros do PCC e até executando inimigos da organização criminosa. A investigação da Transwolff também revelou mensagens do sargento da Rota Alexandre Aleixo Romano para diretores da empresa de ônibus. Com a descoberta, Romano se afastou da Rota.
Esquema Clandestino de Segurança
O inquérito 059/319/24 foi aberto por determinação do corregedor, o coronel Fábio Sérgio do Amaral. O Cabo Barbosa é investigado sob a suspeita de passar informações sobre operações que seriam realizadas na Rota contra o crime organizado. Ainda segundo o inquérito, ele teria utilizado veículos de uma agência para montar seu comitê, os quais tinham ligações com criminosos do PCC. Segundo a Corregedoria, tanto Romano como Barbosa passariam aos traficantes Cebola e Tuta. No último dia 10 de novembro, a Corregedoria pediu a quebra de sigilo telemático de 16 policiais, entre os quais estão o sargento Barbosa e o sargento Romano.
Relação entre Derrite e Barbosa
O secretário Guilherme Derrite teve contatos esparsos com o policial citado quando atuou na Rota, há cerca de 15 anos, bem como atuou ao lado de centenas de policiais ao longo da sua carreira. Associar a conduta de outros policiais ao secretário trata-se de mera especulação. O caso está em andamento e detalhes serão preservados por conta do segredo de Justiça.
Fonte: © Conjur
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