Livro de Kells, manuscrito iluminado dos quatro evangelhos cristãos celtas, criado por monges na ilha de Iona no século IX, com desenhos fantasiosos escritas em páginas.
Um dos mais conhecidos manuscritos iluminados da história é o Livro de Kells, um livro religioso escrito no final do século IX. Este _manuscrito_ é considerado um exemplo de arte celta e cristã, criado por monges na ilha de Iona, na atual Escócia. Além disso, ele contém as escritas em latim dos quatro evangelhos cristãos, sendo essencial para entendermos a evolução da religião cristã.
Seu estilo artístico é caracterizado por detalhes gráficos, como figuras com cores vibrantes, _iluminados_ por cores como azul e verde, criando um _efeito de profundidade_. A _escrita_ em latim contém ilustrações de figuras com ambas as cores, resultando em um trabalho de arte única. Com essas informações, podemos entender melhor como a arte e a religião evoluíram ao longo dos séculos.
O Legado do Manuscrito Iluminado
Em um período anterior à revolução tecnológica da imprensa, a reprodução de textos era uma tarefa laboriosa, realizada frequentemente por monges dedicados. O Livro de Kells é um exemplo notável dessa época, famoso por suas ricas ilustrações e caligrafia, que remonta a uma era anterior à invenção da imprensa. A história desse manuscrito iluminado é fascinante, envolvendo monges cristãos celtas e sua contribuição para a preservação da escrita.
A principal teoria sugere que o texto foi criado por volta de 800 d.C., detalhado por monges que trabalharam meticulosamente em sua escrita. Essa tarefa árdua era necessária, pois os livros precisavam ser copiados à mão, e a falta de tecnologia tornava o processo trabalhoso. A região da ilha de Iona, conhecida por sua rica herança cultural, foi um importante centro de produção de manuscritos iluminados, e o Livro de Kells é um exemplo notável dessa tradição.
O manuscrito foi criado por monges de São Columba, um missionário irlandês do século VI, que espalhou o cristianismo por toda a Escócia. Como a região foi alvo de ataques vikings, o manuscrito foi levado para um mosteiro na cidade irlandesa de Kells, onde recebeu seu nome. Mais tarde, ele foi enviado para Dublin por razões de segurança durante a conquista da Irlanda por Oliver Cromwell.
Em 1661, o Livro de Kells foi doado à biblioteca do Trinity College Dublin, onde está em exibição até hoje. Além disso, uma versão digitalizada da obra foi criada, permitindo que mais pessoas apreciem o manuscrito iluminado. O manuscrito está na biblioteca do Trinity College Dublin desde 1661 (Imagem: Lukas Bischoff Photograph/Shutterstock)
O Livro de Kells é considerado o melhor exemplo do estilo ‘insular’ de manuscritos iluminados. Este tipo de documento é caracterizado por suas elaboradas letras iniciais e geralmente é altamente decorado com desenhos fantasiosos de animais lendários e outras tradições celtas. O manuscrito foi escrito em pergaminho, geralmente preparado raspando a pele de bezerro, e conta com 680 páginas no total. Segundo especialistas, elas foram escritas por pelo menos três monges diferentes.
Algumas páginas da obra estão faltando. Uma das teorias é que isso tenha sido resultado de um roubo no século XI. Mesmo assim, este é um dos exemplos mais completos existentes de um texto da época. As informações são do Live Science.
Fonte: @Olhar Digital
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