Mais de 60% dos 9 mil satélites em órbita desde 2020 são de comunicações, causando interferência nas observações astronômicas e aumento acentuado do brilho noturno.
Os satélites de baixa altitude estão se tornando cada vez mais comuns no espaço, gerando uma mudança significativa na paisagem do céu noturno. Comumente empregados para aprimorar as comunicações de alta velocidade, esses satélites podem vir a representar até 10% do brilho noturno nos céus de determinadas regiões, como Japão, Coreia do Sul e parte da China. Esse aumento tem levantado preocupações sobre a interferência dos satélites nas observações astronômicas, à medida que sua presença se torna mais predominante.
As constelações de satélites, também conhecidas como constelações de baixa altitude ou satélites LEO, estão rapidamente transformando a aparência do céu noturno. Com o crescimento desse fenômeno, as preocupações com a interferência nos estudos astronômicos também aumentam. A presença dessas constelações tem gerado debates sobre o impacto que podem ter no brilho noturno, levando a uma reavaliação do equilíbrio entre o uso desses recursos e a preservação da observação astronômica.
Satélites de baixa altitude
Nos últimos anos, temos observado um aumento acentuado no lançamento de satélites de baixa altitude. Esses satélites, também conhecidos como constelações de satélites ou constelações de baixa altitude, têm sido colocados em órbita baixa da Terra, conhecida como órbita terrestre baixa (LEO). O crescimento dessas constelações de satélites LEO tem levantado preocupações sobre o impacto que eles têm sobre as comunicações de alta velocidade, o brilho noturno e a interferência nas observações astronômicas.
Satélites de baixa altitude e suas implicações
O grande número de satélites LEO está causando interferência significativa nas observações astronômicas, uma vez que seus movimentos podem ser facilmente detectados e confundidos com corpos celestes. Além disso, devido à sua proximidade com a Terra, esses satélites têm um brilho noturno mais intenso do que os satélites em órbitas mais altas, o que pode afetar negativamente a visibilidade do céu noturno.
O impacto das constelações de baixa altitude
As constelações de satélites de baixa altitude também estão levantando preocupações no campo das comunicações de alta velocidade, pois muitos desses satélites são dedicados a fornecer internet de banda larga em regiões remotas. No entanto, a presença de um grande número de satélites nessas órbitas pode levar a congestionamentos e interferências nas comunicações, afetando a qualidade e a velocidade da conexão.
Desafios futuros
À medida que mais empresas e países planejam lançar suas próprias constelações de satélites de baixa altitude, é crucial considerar os impactos ambientais e tecnológicos dessas práticas. A regulamentação e coordenação internacionais podem ser necessárias para garantir que essas constelações sejam lançadas e operadas de forma responsável, minimizando seu impacto negativo na Terra e no espaço sideral.
Fonte: © Valor Econômico – Editora Globo S/A
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