Consumo exagerado de bebida alcoólica está relacionado ao alcoolismo, que pode causar doenças crônicas degenerativas e acidentes fatais com consequências sociais e físicas.
Com a evolução da medicina, o uso do vinho para curar doenças passou a ser questionado. É importante lembrar que o consumo excessivo de álcool é prejudicial à saúde, podendo levar a problemas como a cirrose hepática. Além disso, o vinho não é uma solução milagrosa e não deve ser usado de forma indiscriminada.
Antigamente, o vinho era considerado uma opção mais higiênica que a água por se tratar de uma bebida que passava por um processo de fermentação, reduzindo a probabilidade de contaminação. No entanto, isso não significa que o vinho seja completamente seguro. É crucial lembrar que o consumo de álcool, incluindo o vinho, deve ser feito com moderação. O álcool é uma substância que pode ser perigosa em grandes quantidades.
Desentranhando o mistério do álcool: quando o consumo é benéfico e quando é prejudicial
Enquanto alguns pesquisadores defendem que beber vinho pode ser benéfico para algumas pessoas, outros argumentam que o consumo de álcool não tem efeitos positivos. A verdade é que essas discordâncias permitem que a ciência aprimore sua compreensão do que acontece com nosso corpo, seja quando bebemos um pouco de álcool ou quando o consumimos em excesso. Sabemos que o abuso de álcool pode ter consequências graves para a saúde física e mental, além de afetar socialmente.
De acordo com uma pesquisa britânica, o álcool é mais prejudicial ao indivíduo e à sociedade do que drogas como heroína ou crack. O estudo, publicado na revista The Lancet, em 2010, destaca que, embora o crack seja mais viciante, o perigo do álcool é que ele é mais amplamente consumido por milhões de pessoas todos os dias. Entretanto, alguns estudos sugerem que o consumo de álcool em quantidades moderadas pode ter benefícios para a saúde cardiovascular ou para o controle do diabetes em pessoas acima de 40 anos.
Os supostos efeitos positivos do vinho sobre o corpo baseiam-se principalmente na presença de polifenóis no vinho, substâncias com propriedades antioxidantes que podem ser encontradas em alternativas não alcoólicas, como chocolate, azeite de oliva e chá preto. A questão é: qual é uma quantidade moderada de álcool? Não existe um nível de consumo de álcool livre de riscos, e até mesmo o consumo de uma ou duas unidades de álcool por dia pode reduzir o volume da massa cinzenta, conforme mencionado em uma pesquisa publicada na Nature, em 2022.
É por isso que muitas instituições de saúde preferem falar de ‘consumo de baixo risco’, estimado em duas unidades padrão para homens (26 gramas de etanol puro) ou uma para mulheres (13 gramas de etanol puro). Embora uma taça de vinho ou um copo de álcool por dia não seja capaz de nos matar, é importante estar ciente dos problemas associados ao consumo de álcool para evitá-los. Uma boa maneira de fazer isso é por meio de alimentação adequada e atividade física.
O álcool também pode ser benéfico para prevenir doenças crônicas degenerativas, como constatado em uma pesquisa de 2023, que sugere que beber vinho em quantidades moderadas pode ser bom para prevenir essas doenças. No entanto, é importante lembrar que as consequências do consumo de álcool são sentidas socialmente e podem incluir acidentes de carro causados por pessoas em estado de embriaguez. Além disso, o abuso de álcool pode levar a doenças graves, como câncer de fígado ou cirrose.
Os antioxidantes presentes no vinho, como polifenóis, podem ter propriedades benéficas, mas também podem ser encontrados em outras substâncias, como chá preto e chocolate. A questão é como equilibrar o benefício dos antioxidantes com as consequências do consumo de álcool. Uma compreensão mais detalhada desse equilíbrio pode ajudar a reduzir os riscos associados ao consumo de álcool.
Fonte: @ Minha Vida
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