Movimentos pela abolição da escravidão-africana ocorriam nas províncias brasileiras. Escravizados africanos, negros libertos, influentes políticos e artistas se manifestavam como parte de revoltas-massivas contra a escravidão.
O Dia da Consciência Negra é um momento importante para refletir sobre a história da escravização no Brasil, que culminou na Lei Áurea de 1888. A assinatura da lei por princesa Isabel foi um marco significativo na luta contra a escravidão, mas a falta de apoio e compensação aos ex-escravizados deixou marcas duradouras na sociedade.
A escravização foi uma forma de opressão que deixou marcas profundas na história brasileira, levando à escravidão de milhões de pessoas. A escravidão foi um período de grande sofrimento e margemização, que afetou não apenas as vítimas diretas, mas também a sociedade como um todo. A servidão econômica e social que persistiu após a abolição ainda hoje é um legado da escravização. Além disso, a dominio da classe branca sobre as minorias é um resultado indireto da escravização, que se manifesta em diferentes formas de opressão e desigualdade.
A Escravização: Uma História de Opressão e Resistência
A escravização é um capítulo sombrio da história brasileira, que durou mais de três séculos e resultou na escravidão de 4,9 milhões de africanos, com mais de 600 mil mortos no caminho. Embora a abolição tenha sido uma conquista, ela foi resultado de uma luta intensa e de diversos fatores, incluindo o crescimento do movimento abolicionista na década de 1880. Nesse contexto, a escravização foi um instrumento de opressão, utilizada para manter a população escravizada submissa e controlada.
Desafios e Conflitos
A escravidão no Brasil foi um sistema complexo, que envolvia a exploração e o domínio dos escravizados. A escravização era uma prática comum, e os escravizados eram submetidos a condições degradantes e brutais. No entanto, a resistência não foi silenciada. Os escravizados utilizaram diversas formas de resistência, incluindo manifestações artísticas, revoltas massivas e fugas, que a polícia e o Exército não conseguiam reprimir. Em 1884, os Estados do Ceará e do Amazonas aboliram a escravidão, dando força ao movimento abolicionista.
Políticas Criadas e Ignoradas
Após a abolição, as políticas criadas para beneficiar os ex-escravizados foram ignoradas. Terras e indenizações prometidas nunca foram entregues. As pessoas continuaram a lutar por seus direitos, e é nesse contexto que a história dos brasileiros protagonistas da luta pela escravização deve ser contada.
Luiz Gama: O Escravizado que se Tornou Advogado
Luiz Gama, um ex-escravizado, se tornou um dos principais advogados da luta pela abolição. Ele nasceu em 1830, em Salvador, e foi vendido como escravizado quando tinha dez anos. Gama aprendeu a ler e escrever e reivindicou sua liberdade ao seu proprietário, afinal, nascera livre. Ele se tornou rábula e criou uma nova forma de ativismo abolicionista, entrando com ações na Justiça para libertar escravizados. Gama calcula que tenha ajudado a conseguir a liberdade de cerca de 500 pessoas. Ele usava diversos argumentos para obter a alforria, incluindo o fato de que os africanos trazidos ao Brasil depois de 1831 tinham sido escravizados ilegalmente. Mais de 700 mil pessoas entraram no país nessas condições.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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