Winta Zesu cria conteúdo de isca de ódio nas redes sociais, alimentando a raiva visceral do público, com base em princípios da psicologia humana. Patrocinado por conteúdo.
Winta Zesu, uma criadora de conteúdo, compartilha sua experiência de lidar com o lado negativo do seu sucesso nas redes sociais. Com um giro de US$ 150 mil em 2023, cerca de R$ 900 mil, ela caiu em um caminho inesperado ao receber ódio de muitas pessoas.
Os comentários negativos nas postagens de Zesu, que atraem tráfego para os seus vídeos, muitas vezes são motivados pela raiva e até mesmo pelo ódio. Para Zesu, essa é uma situação desafiadora. Ela observa que até as pessoas que a apoiam e a seguem nas redes sociais podem se deixar levar pela irritação e reagir de maneira negativa. Enfrentar esses sentimentos e manter a calma em meio à raiva das pessoas é um desafio diário para ela, especialmente quando está tentando usar a internet para compartilhar informações positivas.
Novos Jogos de Engate: O conteúdo de isca de ódio nas redes sociais
As redes sociais e a psicologia humana se entrelaçam de maneira complexa, e um fenômeno recorrente é o comportamento humano ao lidar com o conteúdo de ódio e raiva online. A jovem criadora de conteúdo Winta Zesu, de 24 anos, aborda essa questão ao compartilhar sua experiência com o conteúdo de isca de ódio, também conhecido como rage-baiting. ‘O que algumas pessoas não percebem é que estou criando uma personagem’, afirma ela, ao compartilhar suas dificuldades com comentários desagradáveis em seus vídeos.
Zesu faz parte de um grupo cada vez maior de criadores online que se especializam em produzir conteúdo que provoca raiva e irritação, como um alimento para a sua audiência. Com isso, elas contam milhares de visualizações e compartilhamentos. O objetivo é simples: criar um conteúdo que gere a reação agressiva da audiência. E o resultado é o que a produtora de podcasts de marketing Andréa Jones chama de ‘manipulação das pessoas’.
Mas por que as pessoas se envolvem tanto com esse tipo de conteúdo? A resposta reside na psicologia humana, afirma William Brady, que estuda as interações do cérebro com as novas tecnologias. ‘O conteúdo de ódio é uma área que realmente precisa de atenção’, explica ele, ‘e temos esses vieses embutidos na nossa atenção e no nosso aprendizado’.
O crescimento das iscas de ódio nas redes sociais coincide com o aumento do pagamento por conteúdo, por parte das principais plataformas de redes sociais. Esses programas de criadores recompensam os usuários pelas curtidas, comentários e compartilhamentos, e permitem a postagem de conteúdo patrocinado. E o resultado é o aumento do conteúdo de ódio e raiva nas redes sociais. ‘Se observarmos um gato, nós dizemos ‘oh, que bonito’ e rolamos a imagem’, afirma Jones, ‘mas se virmos alguém fazendo algo obsceno, podemos comentar ‘isso é terrível’, e o algoritmo considera este tipo de comentário como engajamento de melhor qualidade’.
Consequências do conteúdo de isca de ódio
O conteúdo de isca de ódio pode ter consequências graves, tanto para a criadora quanto para a audiência. A desvinculação e a sensação de isolamento são apenas dois dos efeitos colaterais desse tipo de conteúdo. Além disso, a prática também pode contribuir para a disseminação de ódio e raiva nas redes sociais, o que pode ter consequências negativas para a sociedade como um todo.
Mas por que as pessoas continuam a se envolver com esse tipo de conteúdo? A resposta reside na psicologia humana, afirma Brady. ‘O conteúdo de ódio é uma área que realmente precisa de atenção’, explica ele, ‘e temos esses vieses embutidos na nossa atenção e no nosso aprendizado’.
Respostas para o conteúdo de isca de ódio
A resposta para o conteúdo de isca de ódio pode ser encontrada na conscientização e na educação. As plataformas de redes sociais devem trabalhar para eliminar o conteúdo de ódio e raiva, e as criadoras de conteúdo devem ser conscientes do impacto que o seu trabalho pode ter. Além disso, a educação sobre a psicologia humana e a manipulação pode ajudar a prevenir o conteúdo de isca de ódio.
Em um ano de eleições em todo o mundo como 2024, a prática do conteúdo de isca de ódio assume um papel importante. A conscientização e a educação são fundamentais para prevenir a disseminação de ódio e raiva nas redes sociais. A responsabilidade é compartilhada entre as plataformas de redes sociais, as criadoras de conteúdo e a sociedade como um todo.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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