Desemprego baixo e benefícios sociais impulsionam consumo forte das famílias, exceto agropecuária, que retira. Resultado de 2023 revisado para cima com Formação Bruta de Capital Fixo e importações de bens e serviços em sequência de altas no mercado de trabalho.
O terceiro trimestre do ano no Brasil foi marcado por um crescimento interessante, sobretudo, em relação ao PIB, que alcançou 0,9% em comparação com o período anterior. Esse resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos principais fatores que contribuíram para esse crescimento foi o aumento no consumo das famílias, que também colaborou para o investimento. O governo ao investir em diferentes setores e serviços contribuiu, de forma significativa, para manter a economia brasileira em movimento. Com isso, o Brasil segue em um caminho de crescimento, com o PIB impactado positivamente, o que pode gerar mais empregos e estabilidade econômica a longo prazo.
O PIB de 2023: crescimento acima de 3% e consumo das famílias como motor da economia
O resultado do PIB do terceiro trimestre de 2023 foi em linha com as projeções, que previam um crescimento de 0,8%, conforme pesquisa do jornal Valor com analistas e mercado. Esse resultado confirma as estimativas de um crescimento acima de 3% em 2024, apontando para um crescimento econômico de 3,2% este ano, conforme o Boletim Focus do Banco Central.
O PIB cresceu 2,9% em 2023, mas o IBGE revisou para cima essa taxa para 3,2%. Esse aumento deve-se ao consumo das famílias, que se manteve como motor da economia, contribuindo com mais de 60% do crescimento do PIB. Já os investimentos cresceram 2,1% em relação ao trimestre anterior, com uma expansão de 10,8% em relação ao mesmo período de 2022.
O mercado de trabalho forte também teve um papel importante no crescimento do PIB, com uma taxa de desemprego nas mínimas históricas e o avanço do crédito. Além disso, os gastos do governo com programas sociais também contribuíram para o crescimento do consumo.
A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, destaca que o consumo foi impulsionado pelo bom momento do mercado de trabalho, o avanço do crédito e os gastos do governo. O consumo das famílias cresceu 1,5% na comparação com o segundo trimestre e 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado, mantendo a sequência de altas de 13 trimestres seguidos.
Os investimentos também se sobressaíram, com uma expansão de 2,1% sobre o período de abril a junho. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o salto foi de 10,8%, mesmo com os juros em alta. Isso significa que os investimentos têm 4 trimestres seguidos de alta na comparação com os três meses anteriores, a mais longa sequência positiva desse tipo desde 2011.
Um dos sinais de ampliação de investimentos é a compra de máquinas e equipamentos no exterior. As importações de bens e serviços cresceram 1% na comparação trimestral, enquanto as exportações caíram 0,6%. A indústria de transformação foi destaque, com uma expansão de 0,6% na comparação com o trimestre anterior.
O PIB Bruto de 2023 foi de R$ 2,3 trilhões, com uma Formação Bruta de Capital Fixo de R$ 156,5 bilhões. O PIB nominal cresceu 5,1% na comparação com o mesmo período de 2022. O PIB per capita foi de R$ 43,4 mil. O PIB per capita corrigido por inflação foi de R$ 35,6 mil.
Fonte: @ PEGN
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