Vou ser seu sensei – Johnny Lawrence, Cobra Kai.
Ao término da 1ª temporada da série Cobra Kai, ocorre um acidente inesperado durante a competição de Karatê. O jovem Miguel se machuca gravemente e isso muda o rumo da história, deixando todos os personagens em choque com a situação do acidente.
Após o acidente, todos os personagens ficam abalados e Johnny Lawrence se vê em meio a um grande susto. Ele precisa lidar com as consequências do acidente e repensar sua decisão de recusar ser professor de Karatê de Miguel. A reviravolta traz à tona questões importantes sobre responsabilidade e redenção.
Acidente: Uma Lição de Disciplina e Força
Porém, para a felicidade do pupilo, emenda com a frase acima e completa: ‘você ficará mais forte, vai aprender disciplina e, quando chegar a hora, vai saber contra-atacar’. Segunda-feira passada, dia 5 de agosto, vivemos um dia de circuit breakers e pânico nos mercados financeiros, lembrando a black Monday, de setembro de 1987. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, derreteu 13%, numa sangria só comparável à daquele dia, há quase quatro décadas. Não esqueçamos que na sexta-feira anterior o indicador já havia desabado 6%. O mau-humor contaminou as demais praças, como o índice Kospi da Coreia, as criptos moedas, num efeito dominó global, pondo em xeque o cenário alvissareiro que norteava os ativos de risco nos últimos meses. Os que aqui me acompanham hão de se lembrar que no dia 18 de julho publiquei um texto questionando essa euforia recente nos mercados, capitaneada pelas ações de Inteligência Artificial (IA). O caso mais notório tem a ver com Nvidia, que, há poucas semanas, chegou a valer mais do que a Aramco, do que o PIB alemão e mais de duas vezes e meia toda a bolsa brasileira. Mas não era só ela, tanto é que na sexta-feira anterior ao ‘crash’ as ações da Intel mergulharam quase 30%. E tem mais: da máxima, Nvidia já caiu, em menos de um mês, 22%. Para quem ia ter altas incessantes, como alardeavam os eufóricos, não é pouco… Minha visão é que o cenário de ‘goldilocks’ econômico já não prevalece, embora os índices acionários mundo afora sugerissem que sim, com recordes atrás de recordes, daí meus alertas. Existem muitas razões para explicar a ‘euforia’ dos últimos meses nas bolsas e criptos. Vão desde o excesso de liquidez despejado nas economias pelos bancos centrais e programas governamentais de auxílio na pandemia, até a percepção que a IA mudaria tudo, como a internet fez no final do século XX, escanteando os ciclos econômicos tradicionais e criando a bolha das pontocom. Contam-se nos dedos das mãos as ações que entregavam bons motivos para essa ‘festa’ de agora. Os menos experientes, inebriados pelo ganho fácil dos últimos meses, acalentaram a hipótese de que o risco de investir em ações era desprezível, como escrevi no texto mencionado acima. Professavam uma espécie de trinitária fé, no FED, nas ‘7 magníficas’ e no FOMO (fear of missing out), que é o pior de tudo. O que quero dizer é que, como profissional de mercado e professor, sou curioso em saber como se comporta a garotada que opera ações, atualmente. Faço parte de alguns fóruns que debatem tendências de mercados e impressionou-me ver, em alguns dias de queda, ‘investidores’ desesperados, se perguntando: ‘no one to stop the fall?’, como se fosse possível. A verdade é que eu vinha muito incomodado com esse comportamento descolado dos livros. Num mundo de guerras, crises geopolíticas, de polarização, atentados à vida de figuras importantes, as ações escalavam para novas máximas em sequência. E aí me perguntava: o que mudou no ser humano, que no passado se protegia nessas horas? Agora,
Fonte: @ Valor Invest Globo
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