Economista Nobel 2001 sugere corte de 0,50 pontos pelo Fed para normalizar política monetária nos EUA, acelerando aperto monetário.
Com o Banco Central do Brasil sinalizando que pode iniciar um corte de juros em breve, a expectativa entre os analistas econômicos gira em torno de como será a trajetória dessa redução nas taxas de juros.
Além disso, as medidas de corte das taxas de juros também estão no radar dos investidores, que buscam se preparar para as possíveis mudanças no cenário econômico. É importante ficar atento às notícias sobre a redução das taxas de juros para tomar decisões financeiras mais conscientes.
Joseph Stiglitz: Urgência de corte de juros para fortalecer a economia
Para Joseph Stiglitz, premiado com o Nobel de Economia em 2001, a redução das taxas de juros é crucial para impulsionar a economia dos Estados Unidos. Ele defende um corte significativo de 0,50 ponto percentual, argumentando que o Federal Reserve (Fed) foi agressivo demais na política de aperto monetário nos últimos anos. Em uma entrevista à CNBC em 6 de setembro, Stiglitz ressaltou a necessidade de uma abordagem mais equilibrada, visando a normalização da política monetária e evitando taxas extremamente baixas.
Stiglitz enfatizou que as diretrizes atuais do Fed, com taxas próximas de zero, representam um risco para a economia, podendo potencialmente agravar a inflação. Ele apontou o setor imobiliário como um fator importante na dinâmica inflacionária, citando a escassez de imóveis como um impulsionador dos preços. O economista questionou a eficácia de aumentar os juros para conter a inflação, argumentando que essa medida poderia prejudicar ainda mais o mercado imobiliário.
Embora a expectativa da maioria dos analistas seja de um corte de 0,25 ponto percentual nas próximas reuniões do Fed em setembro, opiniões divergentes como a de Michael Feroli, economista-chefe do J.P.Morgan, apontam para a necessidade de um corte mais agressivo de 0,50 ponto percentual. Feroli argumentou que retornar às taxas neutras seria benéfico para a economia, considerando o atual cenário de inflação ligeiramente acima da meta de 2%.
Christopher Waller, diretor do Fed, expressou apoio à redução dos juros, alinhando-se com as declarações de Jerome Powell, presidente do Fed, feitas durante o simpósio de Jackson Hole. Waller ressaltou a importância de uma abordagem cautelosa, levando em consideração o crescimento econômico e as tendências de mercado. Ele indicou a possibilidade de cortes mais rápidos, dependendo dos indicadores econômicos.
Diante das perspectivas variadas dos especialistas, o cenário aponta para uma política de afrouxamento monetário graduado, com possíveis ajustes de ritmo conforme a evolução dos dados econômicos. A discussão em torno do corte de juros reflete as complexidades da política monetária e a necessidade de equilíbrio entre estímulos econômicos e controle da inflação.
Fonte: @ NEO FEED
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