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PM minimizou críticas a ações militares de Israel em discurso no Congresso, apesar de oposição de parlamentares democratas e manifestantes pró-palestinos.
O líder israelense, Netanyahu, foi cauteloso ao abordar a situação em Gaza durante seu pronunciamento no Congresso dos Estados Unidos. Netanyahu mencionou a possibilidade de uma cooperação entre Israel e os aliados árabes dos EUA, sinalizando um cenário de pós-guerra mais promissor.
Benjamin Netanyahu, o atual primeiro-ministro israelense, escolheu suas palavras com cuidado ao falar sobre a região de Gaza em seu discurso. A proposta de uma potencial aliança entre Israel e os aliados árabes dos EUA destaca a busca por soluções diplomáticas na região. A postura de Netanyahu reflete a complexidade das relações internacionais naquela área do Oriente Médio.
Netanyahu Minimiza Críticas em Discurso no Congresso
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, enfrentou críticas de diversos parlamentares democratas e manifestantes pró-palestinos durante seu discurso no Congresso. Mesmo com a oposição, Netanyahu minimizou as críticas à campanha militar israelense em Gaza, que já resultou na morte de mais de 39 mil residentes, de acordo com autoridades de saúde locais.
Manifestantes pró-palestinos foram acusados por Netanyahu de apoiar o Hamas e serem patrocinados pelo Irã, alegações feitas sem provas. O líder israelense colocou a culpa pelos relatos de fome em Gaza no grupo militante Hamas, que controla o enclave palestino, e reiterou o compromisso de Israel em proteger os civis na região.
Durante seu discurso, Netanyahu foi recebido com entusiasmo pelos republicanos, enquanto a recepção dos democratas foi mais contida. Ele prometeu a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em breve, apesar das preocupações expressas por parlamentares democratas sobre as mortes de civis e a crise humanitária em Gaza.
A escalada do conflito teve início com ataques do Hamas ao sul israelense em 7 de outubro, resultando em 1.200 mortes e 250 reféns capturados, segundo estimativas de Israel. Cerca de 120 reféns ainda estão em cativeiro, com Israel temendo que muitos deles já tenham sido mortos.
Netanyahu buscou fortalecer o apoio dos EUA a Israel, especialmente no fornecimento de armas, diante da crescente censura internacional à campanha militar em Gaza. Ele destacou a importância do auxílio militar dos EUA para acelerar o fim do conflito e evitar uma guerra mais ampla no Oriente Médio.
O líder israelense enfatizou a necessidade de uma Gaza desradicalizada e desmilitarizada, liderada por palestinos comprometidos com a paz. Ele rejeitou o retorno do Hamas ao poder e descartou qualquer papel para a Autoridade Palestina, que administra partes da Cisjordânia.
Netanyahu também abordou a possibilidade de uma aliança no Oriente Médio entre Israel e seus vizinhos árabes, como uma defesa contra o Irã. No entanto, a resistência de Netanyahu a um Estado palestino e o conflito contínuo em Gaza são vistos como obstáculos para essa aliança, especialmente pela Arábia Saudita.
A normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita é vista como um passo crucial para a estabilidade na região, mas desafios políticos e militares ainda persistem. Netanyahu reiterou o compromisso de Israel em garantir a segurança de sua população e buscar soluções para a complexa situação no Oriente Médio.
Fonte: @ Agencia Brasil
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