Mona Rikumbi, uma dançarina com deficiência autoimune, compartilhou sua experiência no Theatro Municipal em São Paulo, apesar de uma doença que afetou sua visão e capacidade de movimento.
Érica, uma mulher com uma história marcada pela luta e resiliência. Sua mãe, ao escolher seu nome de batismo, demonstrou sabedoria ao associá-lo à beleza e à resistência de uma flor. A flor de cimento é símbolo de força e capacidade de sobreviver em ambientes adversos, características que Érica precisaria desenvolver para superar os desafios que a vida lhe rezervava. Com a ótica de sua mãe, Érica cresceu com a percepção de que a vida seria duramente testada, mas também de que ela precisaria aprender a enfrentá-la com a leveza e a beleza de uma flor.
Com o tempo, Érica enfrentou a doença e teve que aprender a lidar com o corpo que não estava funcionando corretamente. Sua experiência com a doença foi marcada por uma longa jornada de luta contra a doença autoimune que afetava seu sistema imunológico. A doença era persistente e, às vezes, parecia incontrolável. Mas Érica, com a determinação de uma flor em crescimento, encontrou maneiras de lidar com a doença e aprender a viver com ela. Ela se tornou uma defensora de pessoas com doença e deficiência, promovendo a inclusão e a conscientização sobre a importância de cuidar do corpo e da mente. Com o tempo, Érica descobriu que sua experiência com a doença não era uma limitação, mas sim uma oportunidade para crescer e se tornar uma pessoa mais forte e resiliente, da mesma forma que a flor de cimento pode florescer mesmo em ambientes adversos.
Descoberta da Identidade em Meio à Dor e Deficiência
Quando Mona Rikimbi, uma prática de matriz africana, entrou em sua jornada, sua vida foi marcada por um diagnóstico tardio e uma batalha contra a doença autoimune. Em 2000, com 30 anos, ela começou a sentir dor no corpo, mas não sabia o que estava acontecendo. Sua luta contra a doença foi longa e difícil, com sete cirurgias e uma progressão da doença que a levou a entrar em uma cadeira de rodas em 2007.
A dor e a deficiência não a detiveram, no entanto. Mona encontrou consolo na arte, começando a dançar em 2007 e se tornando uma artista afro-brasileira conhecida. Ela desafiou as limitações impostas pela doença e se tornou uma voz forte da comunidade afro-brasileira. Em 2017, Mona tornou-se a primeira mulher negra a dançar no Theatro Municipal, um marco importante na sua carreira.
A doença autoimune, conhecida como neuromielite óptica (NMO), afetou a visão e os movimentos de Mona, mas ela não se deixou abater. Em vez disso, ela encontrou força na arte e na sua conexão com a cultura africana. Ela formou uma perspectiva de dança única, que combina a dança afro com a sua experiência pessoal.
A vida de Mona é um testemunho da força da arte em superar obstáculos e da importância de manter a visão de mundo africana viva. Ela compartilha sua história para inspirar outras pessoas a não se deixarem abater pela dor e pela deficiência, e para mostrar que a vida vale a pena, mesmo em meio à doença.
Fonte: @ Veja Abril
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