Robinson Farinazzo defende a autonomia nuclear do Brasil, criticando pautas globalistas e alertando sobre a cobiça pela Amazônia.
Robinson Farinazzo, nascido em 26 de abril de 1966, em Catanduva (SP), possui uma extensa trajetória de 33 anos de serviços prestados às Forças Armadas. Alcançou a posição de capitão de fragata da Marinha e fez parte do Corpo de Fuzileiros Navais. Ao longo de sua carreira, demonstrou liderança no Departamento de Aviação da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, destacando-se por suas habilidades e competência.
Durante seu tempo na caserna, Farinazzo percebeu a relevância do nacionalismo para o progresso das nações. A partir de 2016, ao ingressar na reserva, passou a compartilhar esse entendimento com os brasileiros, especialmente por meio do seu canal no YouTube, intitulado A Arte da Guerra. Nesse espaço, o ex-militar defende incansavelmente os interesses nacionais e busca disseminar o sentimento patriótico entre os cidadãos.
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Farinazzo e o desafio do nacionalismo brasileiro
Farinazzo acredita que, atualmente, nenhuma vertente política é capaz de resguardar a soberania do país. ‘É difícil ser nacionalista no Brasil e proteger os interesses nacionais’, ressalta. ‘A esquerda sempre diz que o nacionalista é fascista. E a direita afirma que há comunistas infiltrados no nacionalismo. Não agradamos a nenhuma dessas correntes políticas: a esquerda cor-de-rosa, que vem dos EUA, e a direita neoliberal. Servimos ao povo brasileiro.’
O militar também defende a posse de armas nucleares pelo Brasil, alerta sobre a cobiça internacional pela Amazônia e critica a interferência de organismos estrangeiros na política interna dos países. A seguir, os principais trechos.
A injustiçada força do nacionalismo
Como o senhor vê o nacionalismo brasileiro?
É a força política mais injustiçada da história do país. D. Pedro II e Getúlio Vargas, por exemplo, foram massacrados. Eles foram apeados do poder. O único líder nacionalista que conseguiu terminar o mandato no Brasil foi Ernesto Geisel. Ele tinha o AI-5 nas mãos. Poucos sabem, mas, em 12 de outubro de 1977, quase houve um golpe de Estado dentro das Forças Armadas. O general Sylvio Frota queria levantar o Exército contra Geisel, mas não conseguiu. Geisel fez diversas manobras e isolou Frota. É difícil ser nacionalista no Brasil e defender os interesses nacionais. Isso ocorre porque há uma contracorrente na direita e na esquerda batendo no nacionalismo. A esquerda, por exemplo, sempre diz que o nacionalista é fascista. E a direita afirma que há muitos comunistas infiltrados no nacionalismo. Acusam-nos de querer estatizar tudo. Não agradamos a nenhuma dessas duas correntes políticas: a esquerda cor-de-rosa, que vem dos EUA e recebe dinheiro do Partido Democrata, e a direita neoliberal. Servimos ao povo brasileiro.
Resgatando o amor-próprio do brasileiro
Qual seria a melhor forma de resgatar o nacionalismo?
É necessário resgatar o amor-próprio do brasileiro. Nosso país é o melhor lugar do mundo, não tenho dúvida nenhuma disso. Não temos divisão religiosa, por exemplo, como há em outros países. Gosto de frequentar o Bom Retiro, em São Paulo, e caminhar pela Rua 25 de Março. Vejo sírios e judeus almoçando no mesmo local, confraternizando. Não podemos importar os problemas de outras nações. Querem trazer para o Brasil os mesmos problemas raciais que existem nos EUA. Aliás, parece que a nossa civilização sapiens involuiu, em relação ao homem de Neandertal. Qual era a preocupação do Neandertal? Arrumar comida, abrigo e fogo. Além disso, reproduzir e trazer segurança para o seu grupo. O Neandertal buscava soluções para os problemas da época. E nós, que pensamos ser evoluídos, estamos buscando problemas para as nossas soluções. Temos diversas questões a resolver, não podemos importá-las da Europa e dos EUA.
Preservando o nacionalismo e as liberdades individuais
Como preservar o nacionalismo e as liberdades individuais ao mesmo tempo?
Se você comparar a atual situação do país com 1988, quando estabelecemos a Constituição Federal, perceberá que temos menos liberdades individuais em 2023. Os jornalistas não podem falar o que querem, por exemplo. Nossa liberdade vem paulatinamente sendo tolhida. Ninguém pode falar nada nas redes sociais. Se você criticar um ambientalista, será chamado de fascista. Criticar aqueles que fazem terrorismo ambiental na Amazônia é fascismo. Esses grupos estrangeiros pensam assim: ‘Forest here, farms there’ [floresta aqui, fazendas lá]. Mas tem mais. Se você criticar a política de segurança pública, dirão que você é fascista. Recentemente, assisti a alguns vídeos de torcedores organizados matando uns aos outros. Cenas pavorosas. E, se criticarmos, seremos chamados de antidemocráticos. Na Constituição de 1988, trocamos nossa segurança por liberdade. Chegamos a tal ponto que não temos segurança nem liberdade. A vida e a propriedade privada se tornaram relativas. O Ocidente está decadente. Se não repensarmos a sociedade, não sei onde vamos parar.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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