Rearranjos genéticos em amostras de vários estudos brasileiros podem estar relacionados a sequências genéticas de microrganismos.
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Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury descobriram que o vírus da febre Oropouche sofreu mutações, o que pode explicar as primeiras fatalidades causadas pela enfermidade na história mundial, identificadas no Brasil, e os casos de microcefalia e óbito fetal sob investigação.
A recente pesquisa revelou que as mutações no vírus Oropouche são um fator preocupante que demanda atenção global. A propagação do vírus e a possibilidade de mais casos de Oropouche ressaltam a importância de medidas preventivas e um amparo eficaz para evitar novas complicações Oropouche.
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Estudos Realizados sobre o Vírus Oropouche: Importância da Ampliação de Testagem
De acordo com o grupo de pesquisadores, o patógeno Oropouche passado passou por um rearranjo genético, envolvendo microrganismos genéticos distintos, como o vírus Iquito e o vírus de Perdões (PEDV), presentes na Amazônia e com potencial de infectar seres humanos. Novos estudos estão em andamento para entender melhor se essas mutações do vírus Oropouche estão relacionadas aos desfechos graves da doença observados recentemente. O estudo avançou com base em pesquisas anteriores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que analisaram amostras da região Norte do Brasil no ano anterior, identificando uma mutação no vírus.
A pesquisa recente comparou amostras coletadas em diferentes estados, como Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo, com sequências genéticas obtidas de estados amazônicos como Amazonas, Acre e Rondônia. Os cientistas destacam a importância de uma investigação mais aprofundada para compreender o impacto das mutações do vírus Oropouche na propagação da doença e na gravidade dos casos.
José Geraldo Ribeiro, epidemiologista do Grupo Fleury, ressalta a necessidade de ampliar a testagem para aprofundar a investigação no Brasil. A testagem foi expandida para todo o país no ano passado, com a aquisição de 380 mil testes adicionais neste ano para diagnosticar a doença laboratorialmente.
O Ministério da Saúde reportou dois óbitos envolvendo a febre Oropouche na Bahia, onde duas mulheres sem comorbidades faleceram por complicações da doença. A pasta também investiga um caso de morte em Santa Catarina e descartou um óbito no Maranhão relacionado à infecção. Inicialmente restritos ao Norte do Brasil, principalmente no Amazonas e Rondônia, os casos da doença se disseminaram para outras regiões, com um total de 7.236 casos registrados em 2024.
Além disso, o Ministério da Saúde examina seis casos de transmissão vertical da doença, resultando em morte fetal, aborto espontâneo e três casos de microcefalia. Esses desdobramentos destacam a importância de entender as mutações do vírus Oropouche e sua dinâmica de propagação, reforçando a necessidade de ampliar a testagem para um melhor controle da doença.
Fonte: @ Veja Abril
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