Chanceler alemão alertou que liberdade de expressão não pode apoiar a direita extrema. Empresário, rival de Scholz, disse em publicação no X que direitos humanos são violados por algoritmos que incentivam o comício de apoio.
Autoridades europeias estiveram em alvorada, após o bilionário Elons realizar um gesto controverso em um comício de apoio a Donald Trump, afigurando-se como uma saudação nazista para alguns; O gesto recebeu críticas em plenário.
Entre eles, o chanceler alemão, Olaf Scholz, que rechaçou as atitudes do empresário, enquanto outros internacionalistas também fizeram seus protestos; A manifestação na Europa repercutiu intensamente na mídia.
Elons e as Fronteiras da Liberdade de Expressão
O líder alemão Olaf Scholz não vacilou em expressar sua opinião sobre o gesto provocativo de Elons durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Afirmou que a liberdade de expressão não pode ser usada para promover ideias extremas. Scholz ponderou que na Europa e na Alemanha, todos têm o direito de expressar suas opiniões, mesmo que sejam bilionários, mas não quando essas opiniões visam apoio a posições extremas.
De acordo com Scholz, Elons ironizou a polêmica, referindo-se ao chanceler alemão como Oaf Schitz, em seu perfil no X. O empresário já havia feito tal referência anteriormente. Elons é conhecido por apoiar o partido de extrema direita AfD nas eleições alemãs, previstas para ocorrer em fevereiro, e declarou que Scholz sairá derrotado nesse pleito.
Tal atitude de Elons foi amplamente criticada, com a ministra espanhola do Trabalho e segunda-vice-premiê, Yolanda Diaz, anunciando sua saída do X. A ministra justificou sua decisão afirmando que Elons não apenas com seus gestos, mas também com seus discursos, está promovendo ideias xenófobas, contra os direitos humanos e incentivando a extrema direita no mundo. Diaz reforçou que não se sente confortável em fazer parte de uma rede social que usa algoritmos que incentivam tal tipo de discurso.
O governo espanhol ressaltou que a decisão de Diaz foi pessoal e que os ministros têm liberdade para escolher as redes sociais que desejam usar. No entanto, a saída da ministra é um reflexo da preocupação crescente com o impacto das redes sociais na promoção de ideias extremas e contra os direitos humanos. A situação destaca as fronteiras complexas da liberdade de expressão e a necessidade de equilibrar essa liberdade com a proteção dos direitos humanos e a promoção de um ambiente social inclusivo e respeitoso.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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