Morte por esfaqueamento de jovem húngara, com imagem-em-3d, ainda é caso das polícias há 15 anos no distrito-da-luz-vermelha, que os detetives-especializados consideram de assassinato incomum, ainda que casos-arquivados não sejam raros.
Em um local conhecido como “distrito da luz vermelha”, em Amsterdã, capital da Holanda, um espírito assombra a zona. O holograma da jovem, vestida com uma calça jeans desbotada e um sutiã com estampa de leopardo, tem uma tatuagem que atravessa sua barriga e peito. A imagem em 3D, gerada por computador, estende a mão e parece bater na vitrine para chamar a atenção, assustando os transeuntes.
Trinta anos após o assassinato de uma jovem prostituta, um duplo criminoso e um crime que repercutiu fortemente na sociedade, um espírito assombra a famosa zona de prostituição da capital holandesa. O crime foi marcado por uma violência extrema, e a vítima, uma jovem de 20 anos, foi encontrada morta em uma cena de homicídio instruída pelo assassinato que se tornou um dos mais famosos da história da cidade. A jovem, com uma calça jeans desbotada e um sutiã com estampa de leopardo, tem uma tatuagem que atravessa sua barriga e peito, e a imagem em 3D, gerada por computador, é uma lembrança do assassinato que assombra a zona até hoje.
Assassinato em 3D: Detetives holandeses utilizam tecnologia para resolver caso de 15 anos.
Em uma tentativa de reviver uma investigação de homicídio que já dura 15 anos, detetives holandeses estão utilizando uma tecnologia inovadora, que envolve a criação de um holograma em 3D, para refrescar a memória das pessoas que podem ter presenciado o crime. O caso envolve a morte de Bernadette ‘Betty’ Szabo, uma jovem húngara de 19 anos, que foi assassinada em 2009, vítima de um ataque com faca enquanto trabalhava como prostituta no distrito da luz vermelha de Amsterdã.
O crime que não foi solucionado
A imagem-em-3D da jovem mulher assassinada está sendo projetada por trás de uma das vitrines do distrito da luz vermelha, ao lado de centenas de mulheres que continuam a ganhar a vida nesse setor arriscado. Os investigadores esperam que o holograma realista ajude a chamar a atenção para o assassinato não solucionado e incentive as pessoas a voltarem a relembrar detalhes do crime.
O caso de Betty Szabo
A detetive Anne Dreijer-Heemskerk, especializada em casos arquivados, está determinada a encontrar o assassino de Betty. ‘Uma mulher jovem, de apenas 19 anos, teve a vida tirada de uma forma bastante terrível’, diz ela. Szabo levava uma vida difícil, tendo se mudado para Amsterdã aos 18 anos e engravidado logo depois. Ela continuou a trabalhar durante a gestação e retornou ao trabalho logo após o nascimento do filho.
O crime
Na madrugada de 19 de fevereiro de 2009, duas prostitutas foram conferir como a jovem mãe estava, durante um intervalo entre os clientes, porque perceberam que sua música habitual não estava tocando. Quando entraram em seu prostíbulo, um pequeno quarto com uma cama coberta de plástico, penteadeira e pia, encontraram o corpo de Betty Szabo. Ela foi assassinada três meses depois de dar à luz, vítima de um ataque selvagem com faca. O bebê foi colocado em um orfanato, e nunca vai conhecer a mãe — um fato que motiva os detetives.
A recorrência da violência
Embora a polícia tenha iniciado imediatamente uma investigação de homicídio, seu assassino nunca foi encontrado. Eles revisaram as imagens das câmeras de segurança, e interrogaram possíveis testemunhas. A maioria das pessoas que observam as mulheres com pouca roupa por trás das vitrines com luz de neon vermelho são turistas. A polícia suspeita que o autor do crime tenha vindo do exterior.
A busca por justiça
Agora, eles estão fazendo um apelo às pessoas que podem ter visitado Amsterdã a puxar pela memória, oferecendo uma recompensa de 30 mil euros (R$ 186 mil) para incentivar testemunhas a se apresentarem. Enquanto Amsterdã estuda planos controversos de transferir seus famosos bordéis para uma ‘zona erótica’ fora da cidade, o holograma de Betty Szabo oferece um lembrete pungente da vulnerabilidade das profissionais do sexo em uma área que, apesar de uma série de medidas de segurança, continua perigosa.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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