Investidores acompanham declarações de dirigentes do Banco Central, incluindo Roberto Campos Neto, sobre taxa, IPCA, ciclo e trajetória de juros.
O Tesouro Direto apresenta um cenário de mudanças significativas em suas taxas, com os títulos atrelados à inflação alcançando patamares históricos, enquanto os prefixados mostram uma tendência de desaceleração. A inflação continua a ser um fator importante para os investidores.
No entanto, os investidores estão atentos às declarações de dirigentes do Banco Central, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, em eventos em Washington, para entender melhor as tendências futuras dos investimentos em renda fixa. A aplicação financeira no Tesouro Direto pode ser uma opção atraente para quem busca estabilidade. Além disso, o governo continua a oferecer títulos com taxas competitivas, o que pode influenciar as decisões de investimento dos brasileiros.
O Tesouro Direto e a Incerteza Econômica
As declarações do presidente do Banco Central, Campos Neto, ocorrem em um momento de grande incerteza econômica, onde os investidores estão receosos em relação à dívida pública brasileira e à trajetória dos juros. Em um cenário de incertezas, é natural que os investidores exijam mais retornos para emprestar dinheiro ao governo. Nesse contexto, o Tesouro IPCA+ é o mais influenciado pela projeção de alta da inflação e mais riscos no horizonte.
O Tesouro Direto é uma aplicação financeira que oferece renda fixa e é uma opção popular para os investidores que buscam segurança e estabilidade. No entanto, as declarações de integrantes do Banco Central americano também são acompanhadas com atenção, à medida que o mercado ajusta as suas expectativas em relação ao ciclo de flexibilização monetária nos Estados Unidos diante de dados econômicos fortes e a possibilidade de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais em 5 de novembro.
O Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado
Por volta das 12h, o Tesouro IPCA 2029, o mais curto da modalidade, pagava 6,79% ao ano de retorno real, o mais valor desde que foi lançado. O patamar é considerado atrativo pelos analistas, que destacam, ainda, a função de protetor do papel na carteira contra o aumento dos preços. Já o Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 deixava o patamar dos 13% atingidos na segunda-feira, passando a oferecer 12,93%. O recuo acontece em ajuste à disparada do começo da semana.
Para a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert, nesse cenário, os títulos indexados à inflação (IPCA+) e também à Selic são os mais recomendados. ‘Quem tem menor apetite ao risco, um título com vencimento em 2029 é uma boa opção, mas preferimos o vencimento de 2035. Preferencialmente, optamos por títulos sem juros semestrais, capturando o valor total corrigido ao fim do período. No prefixado, estamos neutros, pois acreditamos que a relação risco-retorno acaba sendo pior’.
A Relação entre Taxas e Preços dos Títulos
As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira. O Tesouro Direto é uma opção de investimento que oferece renda fixa e é uma escolha popular para os investidores que buscam segurança e estabilidade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo