Duas mortes em 24 horas sem relação. A jovem morreu após procedimento médico, enquanto a filha faleceu devido a problemas de bem-estar mental, sem relação com a dança clássica.
A trágica morte da jovem bailarina Michaela DePrince, aos 29 anos, causou um impacto profundo no mundo da dança. A dançarina, que fez história como a mais jovem bailarina principal do prestigiado Dance Theatre of Harlem, faleceu na terça-feira (10), deixando um vazio irreparável em sua comunidade artística.
A notícia do falecimento de Michaela DePrince foi seguida por outra tragédia, quando sua mãe, Elaine DePrince, também faleceu apenas 24 horas depois, no dia 11. Essa partida inesperada de duas pessoas tão próximas e importantes para o mundo da dança é um lembrete cruel da fragilidade da vida e da importância de apreciar cada momento. A morte de Michaela DePrince e sua mãe deixará uma marca indelével na história da dança e será lembrada por muito tempo. A perda é irreparável, mas a memória delas viverá para sempre.
Uma Tragédia Dupla: A Morte de Michaela DePrince e Sua Mãe Elaine
A notícia foi confirmada pela porta-voz da família, Jessica Volinski, em uma publicação nas redes sociais. Segundo Volinski, Elaine faleceu durante um procedimento médico de rotina, apenas um dia após a partida de sua filha Michaela. A causa do óbito da bailarina não foi divulgada.
A informação foi confirmada em uma publicação no Facebook. ‘Os últimos dias foram ainda mais difíceis do que a maioria das pessoas imagina porque a família também estava lidando com a morte da mãe adotiva de Michaela’, escreveu Volinski. ‘Elaine não sabia da morte da filha no momento do procedimento’, revelou. A mensagem ainda enfatiza que, apesar da proximidade das mortes, os eventos não tiveram nenhuma ligação.
A Vida e a Morte de Michaela DePrince
Além de bailarina, Michaela escreveu dois livros, um de memórias ‘Taking Flight: From War Orphan to Star Ballerina’ e o ‘Ballet Dreams’. A dançarina conquistou fãs ao redor do mundo com uma trajetória inspiradora, que começou em um orfanato em Serra Leoa, onde, desnutrida, foi resgatada e adotada por Elaine e Charles DePrince, nos Estados Unidos, quando tinha apenas quatro anos de idade.
O casal teve 11 filhos, sendo apenas dois biológicos. Michaela, cujo nome de nascimento era Mabinty Mangura, superou adversidades e se tornou uma das mais celebradas bailarinas de sua geração. ‘DePrince também foi uma humanitária dedicada, defendendo as crianças afetadas por conflitos e violência. Ela serviu como Embaixadora da War Child Holland e organizou sua gala, Dare to Dream, dedicada a promover o bem-estar e a saúde mental das crianças que vivem em zonas de guerra’, ressaltou o comunicado divulgado no falecimento da bailarina.
A Morte de Elaine e a Dor da Família
Elaine morreu em um procedimento cirúrgico e não sabia do falecimento da filha, que aconteceu um dia antes. A família está lidando com a dor da perda de duas pessoas queridas em um curto período de tempo. ‘Por mais inacreditável que pareça, as duas mortes não tiveram nenhuma relação. A única maneira de dar sentido ao absurdo é que Elaine, que já havia perdido três filhos há muitos anos, foi poupada pela graça de Deus da dor de vivenciar a perda de um quarto filho’, acrescentou Volinski.
Michaela ganhou notoriedade ao participar, aos 17 anos, do programa ‘Dancing with the Stars’, e mais tarde estrelou como bailarina principal no videoclipe do álbum visual ‘Lemonade’, de Beyoncé. Sua morte é uma perda irreparável para a comunidade artística e para a família que a amava.
Fonte: @ Hugo Gloss
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