Crise na empresa com possível troca de presidente. Novas pesquisas indicam estabilidade, popularidade crescente e evolução na percepção.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, concedeu uma entrevista exclusiva à GloboNews nesta sexta-feira (5) em que afirmou que a Petrobras terá um período de ‘estabilidade’ nas próximas horas. Em meio às especulações sobre uma possível troca no comando, a empresa busca manter a tranquilidade no mercado e entre seus acionistas.
‘Eu sinceramente acredito que em poucas horas, em poucos dias, a gente vai estar com um cenário de estabilidade para a Petrobras poder se preocupar com aquilo que é a atenção principal dela’, disse Pimenta, ressaltando a importância de manter a calmaria e a tranquilidade no setor.
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Estabilidade em meio à polêmica
O ministro, no entanto, não se pronunciou a respeito de uma possível mudança na presidência da Petrobras, o que, em sua opinião, seria uma decisão a ser tomada apenas por Lula.
Conforme já divulgado pelo blog na última semana, membros do Planalto acreditam que houve uma ‘sequência de erros‘ de Jean Paul Prates nas últimas semanas que anteciparam o debate sobre a possível troca no comando da Petrobras.
‘É evidente que toda essa controvérsia, toda essa especulação, isso tem um impacto na bolsa que não é benéfico para ninguém. Espero que possamos encontrar uma solução rapidamente para estabilizar esse ambiente. E isso é algo que o presidente Lula certamente se dedicará de uma maneira mais direta. É algo bastante provável de ser gerenciado’, afirmou Pimenta.
‘Fé no Brasil’
Pimenta também enfatizou que a nova campanha ‘Fé no Brasil’ irá contribuir para o aumento da aprovação e da popularidade do governo Lula nos próximos meses.
‘Em alguns dias estaremos com uma campanha mais robusta e é possível afirmar: em dois a três meses vocês irão me chamar aqui para descobrir como a popularidade e a aprovação do governo cresceram tanto’, declarou Pimenta.
Pesquisas de opinião realizadas em março pelos institutos Datafolha, Quaest e Ipec indicam que a popularidade de Lula está em queda. Os levantamentos também indicam que a avaliação do presidente é menos favorável entre os evangélicos.
Na opinião do ministro, a percepção da população deverá sofrer mudanças quando as ações iniciadas no primeiro ano de mandato começarem a apresentar resultados no cotidiano.
‘Não dá para esperar que a população tenha outra percepção se ainda estamos na fase das entregas. O ‘Minha Casa, Minha Vida’, vamos construir 2 milhões de novas residências, mas a primeira leva dos contratos será assinada agora. A população não irá ter uma percepção positiva sobre uma mudança que ainda não ocorreu’.
O início da campanha, com viagens pelo país e inauguração de obras, também representa uma aproximação com o eleitorado religioso. Nesta quinta-feira (4), Lula fez referências a Deus e ‘milagres’ em seu discurso durante a inauguração de uma obra hídrica em Arcoverde (PE).
Fonte: G1 – Política
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