Unidade ampliará capacidade tech contra arboviroses, usando bactérias Wolbachia no método. Bactérias infectarão ovos de mosquitos em Brumadinho. Expansão do Projeto piloto: Campo Grande, Petrolina, Belo Horizonte, Niteroi, Rio de Janeiro, Natal, Uberlândia, Presidente Prudente, Londrina, Foz do Iguaçu, Joinville. Microrganismos intervencionarão em números crescentes de casos em cidades. Entomológica.
O governo brasileiro, juntamente com o Ministério da Saúde, anunciou a abertura, na última segunda-feira (29), em Belo Horizonte, da Biofábrica Wolbachia. Gerenciada pela Fiocruz, essa instalação irá impulsionar o avanço do método e contribuir para fortalecer a luta contra doenças como a dengue e outras arboviroses.
A tecnologia Wolbachia tem se destacado como uma poderosa aliada no controle de doenças transmitidas por vetores. A Biofábrica Wolbachia é fundamental para a produção em larga escala desse método inovador, reforçando a estratégia de saúde pública do Brasil no enfrentamento das arboviroses. Com iniciativas como essa, a ciência avança e a proteção da população se torna cada vez mais eficaz.
Expansão do Método Wolbachia em Minas Gerais
A bactéria Wolbachia, presente em diversos insetos, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti, tem se destacado como um método inovador no combate às doenças transmitidas por mosquitos. O método Wolbachia consiste em infectar ovos do mosquito com a bactéria em laboratório, resultando em mosquitos que carregam a Wolbachia e, portanto, são incapazes de transmitir vírus como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Estamos testemunhando uma integração eficaz do método Wolbachia com o governo do estado de Minas Gerais, visando expandir sua aplicação não apenas nos 22 municípios da bacia de Brumadinho, mas em toda Minas Gerais, e futuramente, por todo território nacional e da região das Américas. Essa iniciativa é liderada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, que enfatiza o planejamento de expansão do projeto.
Plano de Expansão do Método Wolbachia no Brasil
O Ministério da Saúde está implementando um ambicioso plano de expansão do método Wolbachia. Além da primeira biofábrica no Rio de Janeiro, está prevista a instalação de novas fábricas no Ceará, Paraná e um extenso plano de expansão, visando difundir essa tecnologia inovadora para substituir a população de mosquitos que não possuem a Wolbachia.
A experiência de Niterói, que iniciou o projeto piloto do método Wolbachia em 2015, se destaca como um caso de sucesso. O município alcançou a cobertura total do território com o método, resultando em redução significativa nos casos de dengue, chikungunya e zika. Esses resultados encorajadores evidenciam a eficácia do método Wolbachia como uma ferramenta importante no controle de doenças transmitidas por mosquitos.
Impacto a Médio Prazo do Método Wolbachia no Brasil
Originado na Austrália, o método Wolbachia encontrou terreno fértil no Brasil, país participante do Programa Mundial de Mosquitos desde 2014. A Fiocruz lidera a iniciativa no Brasil, com apoio financeiro do Ministério da Saúde em parceria com os governos locais.
O método já está sendo implementado em diversas cidades brasileiras, como Campo Grande, Petrolina, Belo Horizonte, Niterói e Rio de Janeiro, com previsão de expansão para outras seis cidades: Natal, Uberlândia, Presidente Prudente, Londrina, Foz do Iguaçu e Joinville. A tecnologia Wolbachia, embora não proporcione resultados imediatos, é uma peça fundamental no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, quando integrada a outras estratégias de controle.
Esses esforços continuados refletem o comprometimento do Brasil em adotar abordagens inovadoras para proteger a saúde pública e reduzir a incidência de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. A expansão do método Wolbachia mostra-se promissora e demonstra como a ciência e a tecnologia podem ser aliadas poderosas na busca por um futuro mais saudável e seguro para todos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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