O setor de redes sociais enfrenta críticas por aquisição de outras plataformas, levando a uma redução da concorrência e ampliando o domínio da tecnologia nas mídias sociais.
A Meta, dona do Facebook, enfrenta um processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) em um julgamento que busca a separação das empresas do grupo. A empresa líder em tecnologia é acusada de ter adquirido o Instagram e o WhatsApp com o objetivo de eliminar a concorrência no setor de mídias sociais, colocando em risco a tecnologia da informação e a tecnologia da comunicação dos usuários.
Esse processo visa garantir que empresas líderes em tecnologia, como a Meta, não abusem de seu poder de mercado e promovam a competição saudável. A FTC busca impor sanções à Meta se a empresa for considerada culpada, o que pode afetar negativamente a competitividade da indústria de mídias sociais e a tecnologia que as empresas usam para se comunicar com seus clientes.
Tecnologia da informação desafia paradigmas tradicionais
A decisão de prosseguir com o processo de desmembramento da Meta foi tomada pelo juiz James Boasberg, no dia 13 de março. Boasberg negou o pedido da empresa para encerrar o caso, movido em 2020, com base na alegação de que a Meta agiu de forma ilegal para manter o monopólio de rede social. A data da audiência que poderá desmembrar as empresas ainda não foi marcada.
Nesse contexto, a tecnologia da informação se apresenta como um importante fator na expansão das redes sociais. Entretanto, a concorrência desse mercado propicia um cenário competitivo, onde empresas como a Meta buscam formas de manter o seu espaço no mercado.
Monopólio de rede social: um cenário cada vez mais complexo
O caso é um dos cinco processos mais significativos nos EUA em que os órgãos de defesa da concorrência da FTC e do Departamento de Justiça dos EUA estão levantando contra as chamadas big techs. A FTC alega que a Meta pagou um valor inflacionado pelo Instagram em 2012 e pelo WhatsApp em 2014 com o objetivo de neutralizar potenciais concorrentes, evitando competir diretamente no ecossistema móvel.
Entretanto, a tecnologia da comunicação está cada vez mais presente em nossas vidas, tornando a concorrência mais intensa. O telefone inteligente e as redes sociais permitem que as pessoas compartilhem informações em tempo real.
Aquisição do WhatsApp e implicações na concorrência
Boasberg permitiu que essa alegação fosse mantida, mas rejeitou o argumento da FTC de que o Facebook restringiu o acesso de desenvolvedores de aplicativos de terceiros à plataforma, a menos que eles concordassem em não competir com os serviços principais da empresa. Além disso, o juiz rejeitou a defesa da big tech de que a aquisição do WhatsApp fortaleceu sua posição estratégica em relação à Apple e ao Google.
A mídia social também apresenta-se como um importante fator no jogo da concorrência. Com o surgimento de novas plataformas, como o TikTok, a concorrência se amplia, forçando as empresas a se adaptarem a esses novos ambientes.
Tecnologia da informação e a concorrência
A Meta pediu ao juiz que rejeitasse todo o caso, afirmando que ele se baseava em uma visão excessivamente restrita dos mercados de mídia social e não levava em conta a concorrência do TikTok, da ByteDance, do YouTube, do Google, do X e do LinkedIn, da Microsoft. Além disso, a Amazon e a Apple também estão sendo processadas, e o Google, da Alphabet, está enfrentando dois processos, incluindo um em que um juiz concluiu recentemente que a empresa impediu ilegalmente a concorrência entre os mecanismos de busca on-line.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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