Eventos simulam implementação de política nacional de equidade étnico-racial em escolas quilombolas, debatendo construção da política e relações para superar desigualdades sociais negros.
A Educação é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. O Ministério da Educação, em seu esforço contínuo para promover a inclusão e a igualdade, desenvolveu a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq). Este documento visa abordar as demandas e necessidades específicas das comunidades quilombolas, visando a superação da desigualdade.
Em 13 de dezembro, o MEC realizou um encontro com lideranças quilombolas em Salvador (BA), na sede do Ilê Aiyê, para discutir a implementação da Pneerq. Durante a reunião, as lideranças tiveram a oportunidade de participar ativamente do processo de discussão, contribuindo com suas experiências. Esta abordagem colaborativa é fundamental para garantir que a política seja eficaz e efetiva na sua aplicação prática.
Fortalecimento da Política Nacional de Educação em Relações Étnico-Raciais
A construção da Política Nacional de Educação em Relações Étnico-Raciais (Pneerq) é resultado de um longo caminho percorrido por movimentos sociais negros, que lutam pela inclusão e equidade na educação. Esses movimentos desempenham um papel fundamental na construção da Pneerq, que visa transformar a política de equidade e trazerpara dentro da sala de aula a história do povo negro.
A representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Vitalina Silva, enfatizou a importância da Pneerq para a formação de cidadãos conscientes da história do seu povo. Ela destaca que a literatura e os currículos escolares precisam ser ressignificados para incluir a história do povo negro, evitando que a história seja transmitida de forma colonizadora.
A secretária de Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães, enfatizou que o racismo é um grande problema para a sociedade brasileira e que a política é fundamental para superá-lo. Ela destaca que a Pneerq pede uma postura ativa e antirracista, e que não podemos continuar sonegando a história da maioria do povo brasileiro.
A Pneerq foi debatida em eventos nacionais realizados em Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro. Outros eventos ocorreram em Brasília para a apresentação do balanço dos primeiros 100 dias de implementação da Pneerq. Em Salvador, o debate será ampliado com a participação de autoridades, acadêmicos, lideranças quilombolas e representantes de movimentos sociais.
A reunião será uma oportunidade de gestores e professores discutirem estratégias para a execução da política nas redes municipais e estaduais de ensino, com foco na inclusão e na equidade. O presidente do Olodum e embaixador da Pneerq, Marcelo Gentil, enfatizou a importância do diálogo para o combate ao racismo e a redução das desigualdades no Brasil.
Participantes e Representantes
A mesa de abertura da reunião contou com a presença da reitora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Georgina Gonçalves; a representante da Secretaria de Educação da Bahia, Rowena Santos; a diretora de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais, Cassia Margarete; o presidente do Ilê Aiyê, Vovô do Ilê; e a diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra, entre outros.
A Pneerq é um passo importante para a construção de uma educação mais inclusiva e equitativa, e seu sucesso depende da participação e engajamento de todos os segmentos da sociedade.
Fonte: © MEC GOV.br
Comentários sobre este artigo