Representante do Ministério apresentou dados do Censo 2022 sobre o aumento da população indígena no Brasil e falou sobre o grupo de trabalho para a implantação da universidade, educação escolar indígena e a atuação da Secretaria de Educação Superior no Fórum Nacional de Educação e Comissão de Meio Ambiente.
A criação da Universidade Indígena foi tema de uma audiência pública interativa realizada na quarta-feira, 18 de setembro, na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal. O Ministério da Educação (MEC) esteve presente no evento, que foi requerido pelo senador Bene Camacho (PSD-MA), com o objetivo de discutir a implementação dessa importante instituição de ensino para os povos originários.
A Universidade Indígena é uma iniciativa que visa promover a educação e a formação de líderes indígenas, fortalecendo a identidade e a cultura desses povos. A instituição de ensino será fundamental para a preservação da diversidade cultural e linguística do Brasil, além de contribuir para a formação de profissionais qualificados para atuar em áreas como a saúde, a educação e a gestão ambiental. A criação da Universidade Indígena é um passo importante para a valorização e o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas.
Universidade Indígena: um passo importante para a valorização das culturas indígenas
A criação da Universidade Indígena é um projeto ambicioso que visa promover a inclusão e a valorização das culturas e conhecimentos dos povos originários do Brasil. Representando o Ministério da Educação (MEC), o coordenador-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Superior (Sesu), Fernando Antônio Matos, discursou sobre a atuação do grupo de trabalho (GT) instituído pela Portaria nº 350/2024 para subsidiar a criação e a implementação da Universidade Indígena.
O GT, composto por especialistas em educação, membros do Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI), entidades e representantes dos povos indígenas, iniciou os trabalhos em abril e conta com uma equipe diversa e competente. Matos apresentou dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram a ampliação do número de pessoas que se identificam como indígenas no país, totalizando 1.693.535 pessoas, o que corresponde a 0,83% da população brasileira.
A distribuição geográfica dos indígenas no Brasil é desigual, com 753 mil indígenas vivendo na Região Norte e 528,8 mil no Nordeste, representando 75% dos indígenas no país. O Centro-Oeste tem 11%, o Sudeste, 8%, e o Sul, aproximadamente 5%. Esses dados são fundamentais para a definição da localização dos campi e cursos da futura Universidade Indígena.
Desafios e oportunidades para a Universidade Indígena
A acessibilidade é um dos principais desafios para a implantação da Universidade Indígena, especialmente na Amazônia, onde há uma maior dificuldade de acesso às áreas de florestas. No entanto, essa instituição de ensino indígena também oferece oportunidades para a valorização e preservação das culturas e conhecimentos dos povos originários do Brasil.
A Universidade Indígena pretende ser um espaço onde os saberes tradicionais e científicos possam coexistir e se complementar, proporcionando uma educação que respeite e valorize as especificidades culturais dos povos indígenas. Além disso, a instituição visa fortalecer a autonomia educacional e a cultura das comunidades indígenas, promovendo a inclusão social e a troca de saberes científicos.
A criação da Universidade Indígena é um passo crucial para a valorização das culturas indígenas e a preservação dos conhecimentos tradicionais. A instituição de ensino indígena deve ser um espaço de inclusão, não de segregação, onde os saberes tradicionais e científicos possam se complementar e promover a educação e a cultura das comunidades indígenas.
Fonte: © MEC GOV.br
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