Mauro Cid depõe à PF sobre vacinas, joias e golpe. Segundo investigadores, tentativa de golpe de Estado. Segurança das urnas em xeque.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deu seu depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (11) e abordou os temas da sua delação. Segundo investigadores, ele falou de vacina, de joias e de tentativa de golpe de Estado.
A declaração de Mauro Cid à Polícia Federal pode ser considerada um importante testemunho para as investigações em andamento. Seu depoimento trouxe à tona informações cruciais sobre vacina, joias e tentativa de golpe de Estado, que podem ter um impacto significativo nas investigações em curso.
Na prática, Cid solidificou a colaboração com a PF e confirmou elementos que a investigação descobriu após o acordo ser fechado.
Declaracao, depoimento, testemunho investigativo afirmam que o entorno de Bolsonaro, alvo da operação sobre tentativa de golpe, incluindo ex-assessores e militares, e o próprio ex-presidente, foram informados previamente de que não havia fraude em urna eletrônica e de que o sistema era completamente confiável e seguro. No entanto, conforme o depoimento de Cid, o grupo continuou se reunindo e planejando o golpe.
O que foi revelado no depoimento é que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro relatou que, mesmo ciente das informações, o grupo persistiu com narrativas desacreditando o sistema como forma de embasar o golpe.
As mensagens do celular de Mauro Cid, já públicas, confirmam, com datas, que apesar dos relatórios e reuniões que legitimavam a segurança das urnas, o discurso continuou e os planos também, como a minuta do golpe e a suspeita de um texto editado pelo próprio Bolsonaro.
Depoimento
Cid começou a ser ouvido por volta das 15h desta segunda-feira e foi liberado na madrugada desta terça-feira (12), por volta de 00h15. Ele permaneceu na sede da PF, em Brasília, por aproximadamente nove horas.
Cid não é investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado e que deu origem à operação Tempus Veritatis (tempo da verdade), deflagrada no mês passado.
O tenente-coronel fechou um acordo de delação premiada com a PF em setembro do ano passado e, desde então, está obrigado a fornecer novas informações para a polícia para não perder os benefícios desse acordo.
Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid à PF. Os mais longos foram em 28 de agosto de 2023, com 10 horas, e, em 31 de agosto de 2023, com 12 horas. Veja lista completa abaixo:
- 3 de maio de 2023: não falou
- 18 de maio de 2023: não falou
- 6 de junho de 2023: não falou
- 25 de agosto de 2023: 2 horas
- 28 de agosto de 2023: 10 horas
- 31 de agosto de 2023: 12 horas
- 11 de março de 2024: 9 horas
Fonte: G1 – Política
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