Ex-assessor de Bolsonaro vai depor em investigação sobre tentativa de golpe. Colaboração validada pelo STF inclui detalhes sobre reunião.
O tenente-coronel Mauro Cid compareceu novamente à sede da PF em Brasília para prestar novo depoimento aos investigadores nesta segunda-feira (11)
Agentes da PF querem mais detalhes sobre a reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e comandantes das Forças Armadas teriam discutido uma suposta tentativa de golpe de Estado. Mauro Cid foi chamado para prestar seu depoimento a fim de esclarecer ou reforçar pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes
Gomes participou do encontro e teria manifestado contrariedade com a execução de um possível plano golpista
Durante seu relato, o tenente-coronel Mauro Cid forneceu importantes detalhes sobre a reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e comandantes das Forças Armadas teriam discutido uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os investigadores aguardavam ansiosamente por seu testemunho, a fim de esclarecer ou reforçar pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes
Gomes participou do encontro e teria manifestado contrariedade com a execução de um possível plano golpista
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Depoimento de Mauro Cid à PF sobre tentativa de golpe
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcou presença na sede da Polícia Federal em Brasília na última segunda-feira (11) para prestar um novo depoimento.
As autoridades aguardavam ansiosamente por suas informações no inquérito que está em andamento, visando a averiguação de uma tentativa de articulação de um golpe de Estado em 2022. O depoimento teve início por volta das 15h.
O ex-braço direito de Bolsonaro já fechou acordo de delação com a PF, com os termos ainda em sigilo, o que justifica a sua convocação para prestar novos esclarecimentos à medida que a investigação progride.
Os investigadores esperam que o depoimento de Cid contribua para elucidar ou corroborar os relatos do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.
Gomes prestou depoimento no dia 1º de março e, segundo a colunista do g1 Camila Bomfim, as declarações feitas foram consideradas ‘esclarecedoras’ pelos policiais federais.
Detalhes sobre Reunião
De acordo com as investigações, Bolsonaro e aliados teriam tramado um golpe de Estado para se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações já divulgadas da delação de Mauro Cid, ainda mantida em sigilo, o general Freire Gomes teria participado das discussões sobre a minuta do golpe com o então presidente – apesar de ter se recusado a integrar qualquer aventura golpista, causando irritação entre os militares apoiadores de Bolsonaro, como o general Braga Netto.
Em mensagens enviadas a outro oficial, Braga Netto, que na época era candidato a vice na chapa de Bolsonaro, insultou Freire Gomes por não aderir a uma tentativa de intervenção militar, de acordo com mensagens obtidas pela Polícia Federal.
Fonte: G1 – Política
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