Filiação reúne políticos e apoiadores na Casa de Portugal, em São Paulo. Retorno ao partido após votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Marta Suplicy (PT) decidiu retornar ao Partido dos Trabalhadores nesta sexta-feira (2) depois de quase nove anos de desfiliação da sigla. A filiação foi formalizada com a benção – e assinatura – do presidente Lula (PT) durante um grande ato que reuniu diversos nomes da política brasileira, além de centenas de apoiadores que lotaram a Casa de Portugal, no Centro de São Paulo.
O retorno de Marta à legenda ocorre em virtude da sua candidatura à vice-prefeita na chapa com Guilherme Boulos (PSOL), que buscará vencer a disputa pela prefeitura da capital este ano. O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, estiveram presentes no evento para oficializar o retorno da petista.
Marta Suplicy, PT: Uma Reviravolta na Vida Política
Recentemente, o senador Eduardo Suplicy (PT), que em determinado momento cogitou a possibilidade de candidatar-se a vice-prefeito, teve uma mudança de perspectiva e decidiu apoiar a ex-mulher após uma conversa com Boulos. Ele expressou sua aceitação em relação à candidatura de Marta, apesar de desejar prévias no partido, afirmando que seu compromisso é contribuir para a vitória de Boulos.
Marta recebeu uma benção especial durante a abertura do evento de filiação, onde o ex-marido também marcou presença, compartilhando sua paixão pela música ao tocar suas famosas versões de ‘Blowing in the Wind’ e ‘Eu sei que vou te amar’.
Retorno Decidido pelo Diretório
O retorno de Marta ao PT foi decidido pelo Diretório Municipal de São Paulo no início do ano, através de duas votações. Uma delas foi para a filiação da ex-prefeita e a outra para a suspensão das prévias no partido. Em ambos os casos, o resultado foi idêntico: 12 votos a favor, 1 contra, uma abstenção e duas ausências.
Vale lembrar que a ex-prefeita se desfiliou do PT em 2015, durante o auge da Operação Lava Jato. Na ocasião, ela criticou publicamente o partido, embora tenha votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff em 2016, embora tenha sido ministra da Cultura durante a gestão petista.
Até o dia 9 de janeiro, Marta era secretária das Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), atual adversário político da ex-prefeita, uma vez que o prefeito buscará a reeleição.
Almoço com Boulos
Em 13 de janeiro, Boulos esteve no apartamento de Marta para um almoço simbólico. Preocupado com a resistência de parte da militância do PT e do PSOL em relação à ex-prefeita, ele afirmou que a levará a encontros com movimentos sociais. O almoço marcou o anúncio da parceria entre eles nas eleições municipais de 2024.
O pré-candidato do PSOL enfatizou a importância de Marta na definição da chapa, ressaltando que ela agrega muito ao projeto. Ele ainda planeja reintegrar a ex-prefeita ao convívio com movimentos sociais, afirmando que esta aliança amplia perspectivas, apesar das divergências passadas entre eles.
Fonte: G1 – Política
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