Ministra do Meio Ambiente do Brasil enfatizou a necessidade de metas ambiciosas na conferência climática da ONU em Baku, cobrando ações em termos de gases de efeito estufa e créditos de carbono, com foco em reduzir o CO2 equivalente e o desmatamento, bem como manter as NDCs ambiciosas.
O país precisa de um financiamento sustentável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a transição energética, além de valorizar a biodiversidade e os ecossistemas. A ministra enfatizou que o Brasil necessita de recursos financeiros para seguir em frente com projetos que contribuam para a mitigação e adaptação dos impactos ambientais.
Para Marina Silva, o apoio financeiro é fundamental para o sucesso da agenda climática. A ministra destacou que a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, financeiro ao longo da década, é um objetivo possível com o apoio expressivo de países desenvolvidos. Com o aumento das metas de financiamento, os países em desenvolvimento poderão investir em projetos de redução de emissões e melhoria da eficiência energética, além de promover a transição para fontes de energia limpas.
Financiamento: Uma Questão Central na Luta Contra as Mudanças Climáticas
A ministra ressaltou que sem o apoio financeiro internacional, as metas de redução de emissões de CO2 e o combate ao desmatamento dificilmente sairão do papel. Nesse sentido, o indicador de sucesso dessa Conferência das Partes (COP) está nos mecanismos de financiamento, sem os quais aquilo que nós anunciamos virá apenas enunciado, destacando a importância do financiamento para a implementação de políticas ambientais.
Sem os meios de implementação não haverá como tirá-los da teoria para a prática. Isso se reflete na necessidade de um financiamento adequado para apoiar projetos e programas que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a conservação da biodiversidade. O apoio financeiro internacional é fundamental para ajudar os países em desenvolvimento a alcançar suas metas de redução de emissões e a implementar políticas ambientais eficazes.
De acordo com a ministra, o Brasil apresentou uma Nova Ajustada de Contribuição (NDC) extremamente ousada. No entanto, atingir a meta de desmatamento zero e reduzir a produção de gases de efeito estufa em outras nações em desenvolvimento depende do comprometimento dos países ricos em alocar os recursos necessários. Isso inclui o financiamento de projetos que visam reduzir as emissões de CO2, como a reabilitação de áreas degradadas e a preservação de florestas.
A redução de 45% no desmatamento nos últimos dois anos na Amazônia evitou a emissão de 400 milhões de toneladas de CO2. Essa redução é um exemplo de como o financiamento público pode ser usado para apoiar a conservação ambiental. No entanto, ainda há muito a ser feito para alcançar a meta de desmatamento zero e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
O discurso da ministra também enfatizou a importância de apresentar NDCs mais robustas antes da próxima conferência, a COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará. A COP30 é a COP da implementação, a COP dos resultados que não são apenas do Brasil. É preciso que o mundo inteiro tenha NDCs igualmente ambiciosas, destacando a necessidade de um esforço global para abordar o desafio das mudanças climáticas.
A transição para o fim do uso do combustível fóssil e o fim do desmatamento requerem um financiamento significativo. É preciso que a gente faça o mapa do caminho para a transição para o fim do uso do combustível fóssil e que a gente faça o mapa do caminho para o fim do desmatamento. Isso inclui o financiamento de tecnologias limpas, como energia solar e eólica, e a preservação de áreas naturais críticas, como a Amazônia.
A posição ambígua do Brasil, que se compromete com o desmatamento zero para 2030, mas avalia a expansão da exploração petrolífera na região da Foz do Amazonas, pode ser um obstáculo para a implementação de políticas ambientais eficazes. No entanto, a ministra destaca a importância de encontrar um equilíbrio entre as necessidades econômicas e ambientais.
Fonte: @ Terra
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