Maria Fernanda Cândido fala sobre monólogo inspirado na obra de Clarice Lispector. É um exercício de memória sobre vida de uma atriz, com direção que visa arte de contar o processo do início ao fim.
Maria Fernanda Cândido está prestes a lembrar ao público brasileiro da sua habilidade em recitar uma _obra_ teatral, uma vez que a peça Balada acima do abismo irá ser apresentada em São Paulo no próximo sábado (25) e será encerrada no dia 9 de fevereiro. É o primeiro grande _recital_ feminino desde a pandemia.
No _recital_, a atriz mais uma vez vai cativar seu público com sua memória de talento, trazendo ao palco uma obra que, após a pandemia, é uma _memória_ viva do que o teatro enfrentou e superou.
A Memória como Pano de Fundo
A obra de Clarice Lispector é um exercício de memória, onde a vida da escritora se entrelaça com suas obras. A atriz Maria Fernanda Cândido interpreta fragmentos biográficos de Clarice Lispector, ao lado de trechos de suas obras, em uma adaptação de um recital dramático que ela performou em Paris na ocasião do centenário da escritora, em 2020. Este recital foi um marco de memória de uma vida, onde Maria Fernanda Cândido percorre a vida de Clarice Lispector, desde seu nascimento na Ucrânia até sua morte em 1977.
A Memória como Processo
Maria Fernanda Cândido afirma que o trabalho é um ‘grande exercício de memória’, onde a atriz busca capturar a essência da vida e da obra de Clarice Lispector. A atriz destaca que, ao contrário do cinema, onde o diretor tem mais controle sobre o processo criativo, no teatro, a equipe tem mais acesso ao processo do início ao fim, o que torna a experiência mais rica e envolvente. ‘Nós chegamos para contribuir, pois a gente acaba sendo uma peça dentro dessa grande engrenagem, onde vão existir muitas colaborações, mas que de fato esse filme vai acontecer na montagem’, diz Maria Fernanda.
A Memória como Arte
A obra de Clarice Lispector é uma peça de arte, onde a escritora explora a condição humana e a busca pela identidade. A atriz destaca que, ao interpretar a vida de Clarice Lispector, ela está também retratando a arte do diretor, a dificuldade de dar forma a algo que está dentro de si. ‘Ela diz: ‘Escrever salva a alma presa, salva a pessoa que se sente imputiva, salva o dia que se vive e não se entende, a menos que se escreva. Escrever é abençoar uma vida que não foi abençoada”, afirma Maria Fernanda.
A Memória como Vida
A vida de Clarice Lispector é uma obra de arte, onde a escritora explora a condição humana e a busca pela identidade. A atriz destaca que, ao interpretar a vida de Clarice Lispector, ela está também retratando a vida de uma pessoa que viveu intensamente, que teve uma vida rica e cheia de experiências. ‘E a gente chega depois também nessa infância, a infância em Recife. Você vai ter toda essa parte do Carnaval, das quartas-feiras de cinzas, depois a gente atravessa também essa vivência que ela tinha com o entorno, né? A repartição dos pães, as frutas, essa coisa toda que é tão nossa, que é tão Brasil’, diz Maria Fernanda.
A Memória como Recital
O recital é uma peça de teatro que reúne fragmentos biográficos de Clarice Lispector, ao lado de trechos de suas obras. A atriz Maria Fernanda Cândido interpreta a vida da escritora, desde seu nascimento na Ucrânia até sua morte em 1977. O recital é um exercício de memória, onde a vida da escritora se entrelaça com suas obras, e a atriz busca capturar a essência da vida e da obra de Clarice Lispector. ‘Então, nesse texto da Catarina Brandão, a gente tem um marco de memória de uma vida. Nós vamos atravessar, por exemplo, o nascimento dela, o fato de ela ter nascido na Ucrânia. Então, começa já desde a concepção, de como ela foi concebida. E nós vamos atravessar essa gestação de vida até esse ponto final. Vamos passar pela infância, pela morte do pai, passar por essa chegada ao Brasil, pelo amor à língua portuguesa, por essa parte que ela abre o coração e fala do amor pela língua portuguesa’, emenda a atriz.
Fonte: @ Terra
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