Lideranças da costa brasileira se reúnem no Morro Santo Amaro, defendendo juventudes, governança e empreendimentos sustentáveis durante a grande transição energética.
Na fronteira entre a energia renovável e a transição energética, as juventudes das comunidades mais vulneráveis da América Latina estão empenhadas em construir um futuro mais sustentável. Em territórios marcados pela resistência, como florestas, rios e regiões rurais, esses jovens estão se movendo para humanizar a transição energética em seus territórios, promovendo a justiça social e a equidade.
Em uma entrevista, uma ativista enfatizou a importância desses esforços: ‘A transição energética é um processo de humanização que nos leva a questionar os sistemas de poder e de exploração que nos cercam.’ O manifesto, que reúne a força de um grito, é um chamado à ação para transformar esses sistemas e construir uma sociedade mais justa e sustentável. Com a liderança da juventude em destaque, como o representante oficial Marcus Barão, o movimento energético está liderando uma mudança radical em direção a uma energia renovável e a uma transição energética mais justa.
Manifesto Por Uma Transição Energiética Justa e Social
A radicalização da luta das juventudes por governança energética no Brasil ganhou um tom novo com a realização de um evento paralelo ao G20 Social, no morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro. Energia é o termo que ressoa intensamente entre as lideranças do Norte e Nordeste, que se uniram para entregar ao representante oficial de juventudes para o G20 um manifesto que começa com um poema que denuncia as injustiças sociais e ambientais.
Uma Poesia que Transcende a Política
O poema, escrito por Norah Costa, uma educadora popular, cientistas e ativista de 28 anos de Santarém, Pará, é uma chama que ilumina a energética social desigual. A escolha de começar com poesia foi calculada, rompendo com a forma tradicional de se apresentar. ‘Esse é o papel da arte dentro da militância’, diz Norah Costa. ‘A arte é uma forma de conectar e sensibilizar as pessoas para as causas justas.’
Uma História de Luta e Resistência
A origem do poema é a luta contra os grandes empreendimentos que cruzam o Norte e o Nordeste, como as hidrelétricas que passam pelas comunidades, mas não abastecem suas casas. Ele foi adaptado para dialogar com as falsas energias do petróleo, mas mantém sua essência: denunciar as injustiças e convocar a ação.
Entrega do Manifesto e Recepção Surpresa
O manifesto foi entregue na tarde de sábado, 16 de novembro, a Marcus Barão, representante do Y20, um dos grupos oficiais de engajamento do G20, responsável pela articulação das juventudes. Ele se surpreendeu com a pauta da transição energética e promete levar a causa para os próximos encontros. De uma comitiva de 25 jovens, apenas três conseguiram credenciais para entrar na plenária final, mas sua voz poética foi ouvida.
Jovens Periféricos e a Grande Questão do G20 Social
A juventude periférica sobe o morro em prévia do G20 no RJ, com a grande questão do G20 Social sendo a implementação de pautas periféricas. A transição energética é um dos pontos altos da pauta, com o fim da exploração do petróleo na Foz do Rio Amazonas sendo uma das reivindicações. A governança energética é o eixo central da luta, com a energia sendo o termo que une as lideranças do Norte e Nordeste.
Fonte: @ Terra
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