Protesto contra alterações em bolsas de estudo gera tumulto na universidade. Reitoria ocupada desde julho. Ato executivo de concessão de auxílios refeição.
Uma manifestação de alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) resultou em um embate violento com agentes de segurança no campus Maracanã, na região norte da cidade. A manifestação, que já se estende desde julho com a ocupação do prédio da reitoria, evoluiu para momentos de vandalismo e tumulto na quinta-feira.
O protesto dos estudantes da UERJ ganhou destaque na imprensa local, com relatos de confrontos intensos e danos materiais significativos. A manifestação continua a chamar a atenção para as demandas dos alunos, que buscam melhorias nas condições de ensino e infraestrutura da universidade. A comunidade acadêmica aguarda ansiosamente por um desfecho pacífico para a situação.
Manifestações Estudantis na UERJ: Tensão e Conflitos em Protesto contra Mudanças Administrativas
A manifestação teve origem em alterações que impactaram a concessão de bolsas de estudo na universidade. Um Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) foi implementado, reduzindo o número de beneficiários e o teto de renda para elegibilidade, além de cortar auxílios refeição em campi sem restaurantes universitários. Na noite de quarta para quinta-feira, a situação se agravou com a colocação de bancos de madeira para bloquear as entradas da instituição, resultando em confrontos físicos entre seguranças e manifestantes, apelidados de ‘capas pretas’ pelos estudantes.
A UERJ chegou a suspender as atividades devido à impossibilidade de acesso às instalações. Os estudantes e funcionários alinhados ao movimento afirmam que não recuarão enquanto o ato que alterou a forma de obtenção de benefícios não for revogado. Por outro lado, a reitoria alega que todas as tentativas de negociação até o momento foram infrutíferas.
O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Wilson Moraes, lamentou os acontecimentos, ressaltando o impacto no dia a dia dos alunos não envolvidos diretamente no protesto. Contudo, os manifestantes argumentam que, se as mudanças não forem revertidas, os estudantes mais vulneráveis serão duramente prejudicados. A situação reflete a complexidade do cenário financeiro do Estado do Rio de Janeiro, que enfrenta dificuldades econômicas e está sob regime de recuperação fiscal.
Defensores da educação e ciência contestam que os cortes não deveriam atingir áreas tão essenciais para o desenvolvimento do estado e do país. As negociações entre a reitoria e os estudantes permanecem estagnadas, enquanto a ocupação do prédio da reitoria continua. A comunidade acadêmica aguarda uma resolução que possa atender às demandas dos estudantes sem comprometer a sustentabilidade financeira da instituição.
Fonte: © CNN Brasil
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